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Atualização sobre as águas e estresse da vegetação no Pantanal

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Áreas em vermelho indicam estresse hídrico no Pantanal em 21.03.25. Fonte: Copernicus Browser

Há vários anos a Ecoa acompanha diariamente as condições hidrológicas e climáticas da Alta Bacia do rio Paraguai (BAP), onde está o Pantanal. Na história mais recente o trabalho é feito principalmente com o objetivo de estabelecer cenários sobre eventos extremos que podem, por exemplo, criar condições para propagação do fogo.

Já há alguns anos a organização tem demonstrado preocupação as limitações dos estudos, análises e a distribuição de previsões sobre o clima e a dinâmica hídrica nos quase 600 mil km² da BAP, particularmente da planície pantaneira.

Em tempos de mudanças climáticas globais, com uma sucessão inédita de eventos extremos, a necessidade maior que se apresenta é a elaboração de análises mais acuradas e divulgações sistemáticas sobre o clima e a dinâmica hídrica voltadas para territórios e unidades ambientais.

O trabalho diário da Ecoa na região, calcado em conservação e no desenvolvimento local, exige estabelecer cenários climáticos e hidrológicos para definir estratégias de prevenção e mitigação de danos decorrentes de eventos que fujam de padrões, principalmente quanto a grandes cheias e secas prolongadas. Na história recente a registrar estão as secas de 2019/2020 e a de 2024, eventos que deram suporte para os incêndios devastadores.

Atualização

A pesquisadora da Ecoa, Fernanda Cano, buscou imagens sobre o estado da vegetação em diferentes regiões do Pantanal – nos últimos meses, sob o signo do La Niña, as chuvas foram intensas nas sub-bacias da parte norte da Bacia do Paraguai e deficientes na parte sul. As águas do norte descem lentamente em direção ao sul. Medidas em Bela Vista do Norte e Ladário, no Mato Grosso do Sul, mostram que essas águas fazem o rio Paraguai aumentar seu nível entre 1 e 2 centímetros por dia.

Imagens captadas entre os dias 21/03/2025 e o dia 07/04/2025 mostram uma redução do estresse hídrico nos territórios de Miranda e Corumbá, no Mato Grosso Sul.

Com relação a chuvas as duas principais sub-bacias da parte sul em território brasileiro viveram situações distintas. Enquanto a do rio Miranda continuou com baixa precipitação a do rio Taquari esteve sob chuvas intensas.

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