O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 26 milhões para a Pure Energy implantar a primeira fábrica de painéis fotovoltaicos do Brasil. O empreendimento será construído no município de Marechal Deodoro (Alagoas).
A operação, aprovada no âmbito do Plano Inova Energia, representará 75% do investimento total e é a primeira aprovação do BNDES para um projeto de empresa que vai operar na cadeia de fornecedores de energia solar.
O projeto da Pure Energy, startup controlada pela construtora alagoana Cerutti, prevê a nacionalização de componentes dos painéis fotovoltaicos em projeto de desenvolvimento conjunto com empresas brasileiras, a exemplo da Adelco (microinversores) e Solinova, startup criada na Universidade de São Paulo (USP).
A Solinova atuará como parceira neste projeto, agregando conhecimento para o desenvolvimento das inovações propostas no plano de negócios da Pure Energy, tendo em vista ser composta de especialistas e mestres em energias renováveis.
Vale destacar que a nacionalização dos painéis fotovoltaicos será feita segundo a nova regra de credenciamento da Finame prevista no Plano de Nacionalização Progressiva (PNP) do setor de geração de energia solar.
Financiamento – Serão financiadas 90% das despesas gerais do projeto (R$ 11,9 milhões) com recursos do Fundo Clima – Subprograma Energias Renováveis e 90% dos gastos em Inovação (R$ 4,6 milhões) pelo Fundo Clima – Subprograma Projetos Inovadores.
O total a ser gasto com equipamentos nacionais, R$ 1,7 milhão, será financiado através do Programa BNDES de Sustentação do Investimento – Subprograma PSI Bens de capital. O BNDES também financiará 90% da compra de equipamentos importados sem similar nacional, no valor de R$ 7,5 milhões.
O projeto
A planta industrial será instalada no Pólo Industrial Multifabril José Aprígio Vilela, no município de Marechal Deodoro, Alagoas, em um terreno de 80.000 m². Uma área do terreno será destinada para a construção de uma usina de geração de energia solar fotovoltaica com capacidade de cerca de 1 MW. Esse sistema suprirá o consumo de energia da fábrica e servirá de campo de testes para os desenvolvimentos e adaptações previstos no projeto.
A tecnologia a ser adotada pela Pure Energy é a de silício cristalino e foi escolhida devido a sua ampla aceitação no mercado e por ser uma tecnologia já dominada. A linha de produção foi desenhada para a fabricação de painéis fotovoltaicos com a tecnologia mais moderna dessa rota tecnológica.
Fonte: Ambiente e Energia