O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, defendeu nesta quarta-feira, 15, a construção de um programa para tratar dos desastres naturais, estudar sugestões de solidariedade e buscar novos instrumentos para capturar recursos e bônus verdes. O objetivo é apoiar a reconstrução das estruturas públicas e de desenvolvimento dos países latino-americanos diante de catástrofes do clima.
A proposta foi feita diante de executivos de instituições financeiras de mais de 20 países, durante a 54ª Reunião Anual da Associação Latino-Americana de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (Alide), que termina hoje, 17, na sede do Banco do Nordeste (BNB), em Fortaleza. Mercadante destacou que os bancos de desenvolvimento da América Latina e Caribe têm a tarefa de atuar de forma coordenada na redução de impactos ambientais e desigualdades sociais, aproveitando uma janela de oportunidade. Ele lembrou que o Brasil, líder do G20, possui vantagem comparativa estrutural, com ampla matriz de energia limpa e renovável. “De 88% a 92% da nossa matriz energética é limpa, é renovável. Nossa matriz de transporte, 49%, é renovável, que é o etanol, estamos no etanol segunda geração”.
Segundo o presidente do BNDES, o programa funcionaria como um núcleo específico, a exemplo do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) brasileiro, responsável pela prevenção e gerenciamento da atuação governamental perante eventuais desastres naturais, com atuação também em reestruturação e revitalização.
Via Agência BNDES de Notícias