– Crise pode ocorrer na Bacia do Rio Paraná, onde está 50% da economia brasileira;
– Na Bacia está mais de 60% da geração hidrelétrica do País.
As chuvas na Bacia do Rio Paraná estão poucas e este processo já está fazendo estragos econômicos. As indicações são de que o quadro deve ser pior nos próximos meses, pois o fenômeno que “mais afeta o clima do Planeta” está em transição: a temperatura das águas do Pacífico Equatorial. O NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica, numa tradução livre), dos Estados Unidos, atualizado, informa que as águas estão ‘saindo’ da condição El Niño, o aquecimento, para um quadro ‘neutral’, devendo chegar na La Niña, o resfriamento, entre junho e julho de 2024.
Voltando no tempo: em 2020/2021 a Bacia do Rio Paraná atravessou uma crise hídrica de grande impacto social e na economia: as chuvas escassas não propiciaram condições para navegação (caso da Hidrovia Tietê-Paraná) e não abasteceram os reservatórios suficientemente para geração elétrica mínima necessária para o País – e aqui uma informação fundamental: mais de 60% da geração hidrelétrica no Brasil ocorre nesta bacia.
Alguns eventos na Bacia do Paraná indicativos:
– o serviço de balsa que conecta a cidade de Presidente Franco, no Paraguai, à argentina Puerto Iguazú foi suspenso segunda-feira 8/4. A causa é a estiagem na Bacia do Rio Paraná. Rochas estão expostas nas proximidades do porto paraguaio (ABC Color e H2Foz);
– o governo brasileiro determinou retenção de água nas barragens da bacia para gerenciar condições de geração elétrica;
– a produção agrícola em algumas regiões do estado do Paraná está com problemas sérios. Produtores solicitam suporte do governo federal.