Pesquisa científica: O time de cientistas da Colômbia, Suécia e dos Estado Unidos publicaram um novo estudo na plataforma científica bioRxiv sobre a genética das capivaras. Além de encontrar pistas de um sistema de crescimento acelerado, o estudo também encontrou a assinatura genética de um mecanismo anticâncer que pode servir de inspiração para novos tratamentos.
Insulina: De acordo com a nova pesquisa, liderada por Santiago Herrera-Álvarez da Universidad de Los Andes, o segredo do tamanho das capivaras estava escondido há muito tempo em seu DNA. Caviomorfos, o subgrupo de roedores que contém as capivaras, tem uma forma única de insulina.
Responsável por regular o açúcar no sangue, a insulina também é responsável pela divisão celular desses animais. Herrera-Álvarez e seus colegas descobriram que capivaras não produziam mais insulina. Ao invés disso, milhões de anos de seleção natural aumentaram a habilidade de sua insulina mandar as células se dividirem, aumentando seu crescimento e dando origem ao animal peludo de mais de 45 quilos.
Mecanismo anticâncer: Quanto maior é o animal, maior é a quantidade de células e, consequentemente, o risco de desenvolver células cancerígenas. No entanto, biólogos descobriram vários mecanismos que animais maiores desenvolveram para parar o câncer antes que ele comece, conhecido como Paradoxo de Peto.
No caso das capivaras, o grupo de Herrera-Álvarez descobriu que o genoma desses roedores mostrou sinais de que seu sistema imunológico é muito eficiente em detectar e destruir células que estão se dividindo rápido demais. Em outras palavras, capivaras desenvolveram sua própria forma de imunoterapia contra o câncer.
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Foto: Frans Lanting