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Casa Eco Pantaneira leva moradias sustentáveis às famílias ribeirinhas da APA Baía Negra no Pantanal

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Moradia que será entregue ao pescador Miguel Alves Filho. (Foto: Divulgação)

Ribeirinhos da comunidade da APA (Área de Proteção Ambiental) Baía Negra, em Ladário (MS), começam a receber novas moradias dentro do projeto Casa Eco Pantaneira. Duas moradias estão em fase final de entrega, mas a previsão é de que sejam construídas até 30.

A proposta foi desenvolvida por professores e estudantes da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), com apoio do CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), e busca oferecer moradias mais seguras e sustentáveis para famílias que hoje vivem em condições precárias — muitas vezes sem água potável, com rachaduras estruturais, telhados comprometidos e instalações elétricas frágeis.

A Ecoa foi convidada a compor o grupo de trabalho e a auxiliar na compreensão da dinâmica e das necessidades da comunidade local.

Segundo André Siqueira, diretor da Ecoa, “não é de agora que se discute a situação das casas na APA. Em 2011, a Ecoa foi estimulada pelo Ministério Público Federal a pensar em projetos habitacionais adaptados às mudanças climáticas, resgate à cidadania e dignidade das populações ribeirinhas do Pantanal. Isso se consolidou nos projetos das casas adaptadas, que foram um dos 10 finalistas do Prêmio World Habitat Awards, realizado no fim de 2019. Na APA Baía ainda não havia essa iniciativa, por isso a Casa Eco Pantaneira é inovadora”.

As casas do projeto Casa Eco Pantaneira foram financiadas pelo CAU, por meio de edital de 2022, que contemplou oito projetos no Brasil em áreas vulneráveis. No Mato Grosso do Sul, um projeto foi contemplado e a APA Baía Negra foi escolhida, dentre outros fatores, por ter sido afetada pelos incêndios no Pantanal.

Casa que será entregue para a  pescadora Sarlidei Penha Machado (Foto: Divulgação)

O projeto Casas Adaptadas, desenvolvido pela Ecoa em parceria com comunidades ribeirinhas incorporou tecnologias sustentáveis e de baixo custo, pensadas para resistir a eventos climáticos extremos e adequadas ao modo de vida dos povos tradicionais do Pantanal. O projeto foi apoiado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Receita Federal, Secretaria do Patrimônio da União, ligada ao Ministério do Planejamento, o Departamento de Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – Campus Pantanal (UFMS/CPAN) e a Marinha do Brasil.

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