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Ciência Cidadã: assegurando a vida, a floresta e o carbono na terra

4 minutos de leitura

Engajar as pessoas para um mundo mais verde utilizando tecnologias inovadoras. Parece um sonho muito alto, não? Mas foi exatamente com esse objetivo que a partir de Novembro de 2015, a Ecoa deu início ao projeto “Ciência Cidadã: assegurando a vida, a floresta e o carbono na terra”, financiado pelo programa Itaú Eco Mudança/Ekos Brasil. O objetivo é o reflorestamento de regiões denominadas APP (Áreas de Preservação Permanente), em assentamentos rurais de Mato Grosso do Sul, para que ocorra a redução na quantidade de carbono na atmosfera e aumentar a eficiência hídrica dos locais atendidos.

O primeiro objetivo foi importar direto da University College London um aplicativo para celular denominado Sapelli. Esse aplicativo permite que qualquer pessoa ajude no monitoramento e mapeamento de recursos naturais, para mapear lugares de interesse ou mesmo regiões importantes para a sua sobrevivência. O que fizemos foi adaptá-lo aos assentamentos rurais no Mato Grosso do Sul, focando no mapeamento de áreas que seriam importantes para serem reflorestadas. Assim, os assentados poderiam mapear aquelas áreas que eles consideram mais relevantes e com maior chance de sucesso no reflorestamento.

As áreas reflorestadas serão àquelas às margens dos rios. Além de replantamos áreas desmatadas, iremos dar a oportunidade dos assentados se adequarem às normas do Código Florestal, para que possam plantar junto às árvores nativas, algumas que trazem incremento na renda, como bocaiúva e acuri.

A execução é dividida em três fases:

– A primeira é denominada de “compreensão da área”, em parceria com assentados e pesquisadores, com o intuito de compreender as regiões de APP que necessitam de reflorestamento ou adensamento, quais as melhores ações a serem empregadas e como fazê-las.

– Na segunda fase, chamada de “reflorestamento/adensamento”, será o replantio das áreas desmatadas de APP. As técnicas utilizadas serão as já consagradas dentro da ciência de reflorestamento fazendo combinações de plantas pioneiras e tardias junto com espécies de uso econômico.

– Durante a terceira e última, de “monitoramento e uso racional”, utilizando ferramentas de ciência cidadã, os assentados acompanharão os pesquisadores no monitoramento e no desenvolvimento das áreas de reflorestamento.

As atividades já foram desenvolvidas. Em março de 2016 iniciamos os primeiros replantios de mudas e cercamento de áreas nos assentamentos Andalucia, em Nioaque e Bandeirantes, em Miranda, que fazem parte de duas associações – Assentamento Bandeirantes e Assentamento Andalucia (CEPPEC). Estas são regiões de importante drenagem dos rios da Bacia do Alto Paraguai, chaves para conservação do Pantanal. Com o projeto, foram protegidas cinco nascentes e envolvidas 15 propriedades de agricultores familiares até então.

Acesse a galeria para visualizar as etapas do projeto

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