Os economistas americanos William Nordhaus e Paul Romer venceram nesta segunda-feira o Prêmio Nobel de Economia por integrar a mudança climática e a inovação tecnológica no crescimento econômico, destacou o júri.
Os dois premiados “desenvolveram métodos que abordam alguns dos desafios mais fundamentais e prementes de nosso tempo: combinar o crescimento sustentável a longo prazo da economia global com o bem-estar da população do planeta”, afirmou a Academia Real de Ciências. Os economistas compartilharão o prêmio de 9 milhões de coroas (987.000 dólares).
Nordhaus, 77 anos, foi premiado especificamente por “ter integrado a mudança climática na análise macroeconômica a longo prazo”. Romer, 62 anos, recebeu o prêmio por “integrar as inovações tecnológicas na análise macroeconômico a longo prazo”. Os dois economistas apareciam há vários anos na lista de possíveis vencedores do Nobel.
O favoritismo de Nordhaus era grande. O professor da Universidade de Yale, famoso por seus estudos sobre as consequências econômicas do aquecimento global, apresenta as características típicas dos premiados com o Nobel de Economia: é homem e americano, como 70% dos premiados. No entanto, ele tem 10 anos a mais que a média dos premiados.
No ano passado, o prêmio foi atribuído ao americano Richard Thaler por seus estudos sobre a influência de certas características humanas, como a racionalidade limitada, as preferências sociais e a falta de autocontrole, nos comportamentos dos consumidores ou investidores.
O Nobel da Economia celebra este ano o 50º aniversário. Criado em 1968 por ocasião do aniversário de 300 anos do Banco da Suécia, é o prêmio mais importante para um pesquisador na área de ciências econômicas.