Com o objetivo de levar atendimento médico e social a população ribeirinha de municípios de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o navio de assistência hospitalar Tenente Maximiano, subordinado ao Comando da Flotilha de Mato Grosso, partiu de Ladário este final de semana, com destino a Santo Antônio do Leverger, em Mato Grosso, para iniciar mais uma missão do projeto Ribeirinho Cidadão, parceria entre o Tribunal de Justiça, Receita Federal, Defensoria Pública de Mato Grosso, além de instituições particulares.
A viagem, prevista para ocorrer até o dia 28 de fevereiro, vai atender as necessidades médicas e odontológicas das comunidades de difícil acesso, encontradas ao longo da expedição.
Em Mato Grosso serão assistidas as populações das comunidades de Santo Antônio do Leverger, Barão de Melgaço, Porto Cercado, Barranco Alto, Barra do Aricá, São Pedro de Joselândia, Porto Brandão, Porto São João, Poço General, Cuiabá Mirim, Guató, Flechas, Porto Emiliano, Congal, Porto da Bahia, Acurutuba e Estirão Comprido.
Já durante a viagem de volta à Ladário, o navio atenderá as comunidades sul-mato-grossenses de Barra do São Lourenço, Paraguai-Mirim, Fazenda Jatobazinho e Baía do Castelo.
O trabalho será executado por dois dentistas, cinco enfermeiros e dois médicos, que realizam o atendimento na enfermaria e nos consultórios da embarcação, que também conta com uma farmácia, onde é feita a entrega de medicamentos para a população. No total, o navio conta com uam tripulação de 46 militares.
Também integram o navio, três embarcações orgânicas utilizadas para chegar às populações onde a embarcação não chega devido a dificuldade de acesso. A expectativa da tripulação é atender pelo menos 800 pessoas. Só ao longo do rio Cuiabá devem receber os serviços dos militares, 40 comunidades ribeirinhas, situadas entre os municípios de Barão de Melgaço e Poconé.
Serão entregues roupas, cobertores e brinquedos aos ribeirinhos. A conscientização ambiental também será um dos lemas da missão e nessa etapa fluvial do projeto. O lixo coletado pelos ribeirinhos, às margens do Rio Cuiabá, será trocado por mudas nativas.
História – Antes de ser adquirido pela Marinha do Brasil, em janeiro de 2008, a embarcação se chamava Scorpions e desempenhava atividades de turismo e de pesca amadora.
Após uma reforma, ele foi adaptado para possibilitar o atendimento médico, a partir da construção de centro cirúrgico, enfermaria, sala de esterilização, sala de expurgo, farmácia, laboratório, consultórios médicos e odontológicos e de um compartimento equipado com aparelho de raio-X.
Também foram feita obras de modernização nos sistemas de propulsão, de geração e distribuição de energia.
A embarcação poderá, também, atender às necessidades de apoio logístico durante os deslocamentos das tropas e dos navios que realizam operações na faixa de fronteira, além de contribuir com a patrulha naval e realizar operações de socorro e atividades de defesa civil.
Fonte: Campo Grande News
Ecoa – A organização também atua em ações de atendimentos relacionados à saúde em comunidades pantaneiras, em parceria com instituições como a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Em 2013, a Ecoa realizou a primeira ação de saúde do projeto “Desenvolvimento integral de comunidades”, na região da Serra do Amolar, onde foram atendidas aproximadamente 80 pessoas que vivem nas comunidades pantaneiras da Barra do São Lourenço, Porto Amolar, São Francisco e Paraguai-Mirim, localizadas às margens do rio Paraguai.