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Destruição da Amazônia e eventos extremos podem gerar prejuízo bilionário para o Brasil em pouco tempo, diz Banco Mundial

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Foto: Agência de Notícias do Acre/Sérgio Vale

Devido às mudanças climáticas, a seca e a ocorrência de eventos extremos são uma tendência no Pantanal. Saiba mais aqui

 

Agência Brasil e Bloomberg

O Banco Mundial divulgou nesta 5a feira (4/5) um relatório que aborda os efeitos potenciais da mudança do clima e da intensificação de eventos climáticos extremos sobre a economia e a população brasileira a partir de 2030.

O cenário é para lá de preocupante: a ocorrência cada vez mais frequente de episódios de chuvas e secas intensas pode levar entre 800 mil e 3 milhões de brasileiros à pobreza extrema, com um prejuízo estimado de R$ 13 bilhões (0,1% do PIB de 2022) por ano. Até 2050, o rombo pode superar a marca de 10% do PIB brasileiro, com perdas calculadas de até R$ 919 bilhões.

O relatório ressalta outros aspectos relacionados à crise climática que podem comprometer a maior economia da América Latina, como o desmatamento ilegal na Amazônia, a expansão das áreas de pastagem sobre ecossistemas naturais, e o clima mais seco no Norte e no Centro-Sul do Brasil, o que pode comprometer a agricultura, a geração de energia hidrelétrica e o fornecimento de água potável às maiores metrópoles do país.

Outro foco do relatório é apontar caminhos para que o Brasil cumpra com seus compromissos internacionais sob o Acordo de Paris. Nesse sentido, o documento recomenda atenção a quatro temas: reformas estruturais e medidas de aumento de produtividade, políticas econômicas abrangentes para o crescimento mais resiliente e de baixo carbono, políticas setoriais e pacotes de investimentos, e ações para assegurar o financiamento desses investimentos. De acordo com o Banco Mundial, essas medidas viabilizariam o fim do desmatamento ilegal até 2028 e uma redução de 50% das emissões de gases de efeito estufa do Brasil até 2030 e a descarbonização da economia brasileira até 2050.

“Cumprir a promessa do governo de reduzir o desmatamento ilegal e atingir emissões líquidas zero até 2050 pode resultar em uma redução significativa das emissões de dióxido de carbono, o que ajudaria a preservar ecossistemas vitais para os setores agrícola, energético e urbano”, destacou o relatório.

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