Por Ethieny Karen (Ecoa – Ecologia e Ação)
Ethieny é estagiária da Ecoa e graduanda em Jornalismo pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
O curso sobre Valorização de Frutos do Cerrado e Pantanal aconteceu na Escola do Paraguai Mirim, localizada a cerca 140 km de Corumbá, em outubro, com o objetivo promover a melhoria da renda da comunidade local, segurança alimentar e a conservação da vegetação nativa do Cerrado e Pantanal.
Capacitação que dá continuidade às ações desenvolvidas pelo Programa de Extensão ‘Valorização de Plantas Alimentícias do Pantanal e Cerrado’, coordenado pela professora Ieda Maria Bortolotto e realizado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) em parceria com a ECOA e com o Centro de Produção, Pesquisa e Capacitação do Cerrado (Ceppec) desde 2006, em comunidades rurais e pantaneiras.
As oficinas realizadas também têm como propósito resgatar o conhecimento sobre os frutos nativos para jovens – produtos da sociobiodiversidade –, já que este conhecimento começou a se perder ao passar das gerações, devido a fatores como a introdução de outros alimentos (industrializados, exóticos, etc.), desinformação sobre seu consumo e o próprio êxodo rural. Além disso, a difusão deste conhecimento potencializa o uso da flora nativa auxiliando também nas iniciativas de conservação.
Na região, são vários os frutos nativos e entre os mais encontrados está a Bocaiúva (Acrocomia aculeata) – que já é uma fonte de renda para as comunidades, que a utilizam para fazer farinha e comercializar – e Jatobá (Hymenaea courbaril), encontrado na parte mais alta da planície. Além destes, o arroz nativo (Oryza latifólia), laranjinha de pacu (Pouteria glomerata), bacuri (Attalea phalerata), marolo (Annona coriácea), mangaba (Hancornia speciosa Gomes).