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Ecoa inicia atividades práticas de projeto com cadeia socioprodutiva do Baru, apoiado pela Fundação Banco do Brasil

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Por Alíria Aristides

A Ecoa iniciou as atividades em campo do projeto ‘Cadeia Socioprodutiva do Baru: agregando renda às famílias agroextrativistas no MS e a proteção do Cerrado’, financiado pela Fundação Banco do Brasil e executado em parceria com o Centro de Produção, Pesquisa e Capacitação do Cerrado (CEPPEC). As ações aconteceram do dia 12 a 16 de julho, quando profissionais vinculados ao projeto visitaram o CEPPEC, no assentamento Andalucia, em Nioaque, Mato Grosso do Sul. Ao longo da semana, foram realizadas filmagens e capacitação de moradores locais para utilização de aplicativo de georreferenciamento. 

O objetivo geral do projeto é estruturar a cadeia socioprodutiva do Baru em cinco municípios do Mato Grosso do Sul – Nioaque, Bonito, Sidrolândia, Anastácio e Rochedo -, ampliando seu beneficiamento para 10 comunidades e 200 extrativistas, além de apoiar a logística de escoamento e comercialização do produto.

A captação dos vídeos foi realizada com intuito de produzir uma série de 10 videoaulas que devem compor o curso virtual ‘Formação em Boas Práticas de Coleta e Manejo de Frutos Nativos e Estruturação de Negócios Comunitários Sustentáveis’, material que deve ser disponibilizado posteriormente para as comunidades participantes do projeto. De acordo com Victor Hugo Sanches, jornalista e profissional de audiovisual responsável pela execução das filmagens, o conteúdo gravado “mostra de forma direta e didática desde os processos primários até processos de beneficiamento do fruto”. 

As gravações contaram com o apoio e participação ativa da comunidade. Nas videoaulas, há a participação direta de Rosana Claudina, formadora em Cadeia Socioprodutiva, e Altair de Souza, consultor de articulação territorial, ambos vinculados ao projeto e lideranças dentro do assentamento Andalucia. Além disso, pelo menos oito moradores fizeram parte das gravações e outros onze colaboraram de forma indireta.

Teatro durante gravação das aulas para capacitação das famílias extrativistas envolvidas no projeto

Segundo o jornalista Victor Hugo, o material produzido é uma oportunidade para promover a prática do extrativismo. “Além da proposta técnica e direta que o curso prevê, foi possível registrar um pouco da cultura, dos costumes, da importância do extrativismo para essas comunidades. Esse material vai ser importante para levar conhecimento, valorizando os frutos do cerrado e a cultura local”, conta. 

Além das filmagens, também foram realizadas as primeiras ações para geração de um mapa dinâmico do território de coleta e um mapa georreferenciado do extrativismo sustentável. A criação dos mapas utiliza a Ciência Cidadã,  metodologia que conta com a participação ativa das comunidades para obtenção dos dados, que serão armazenados com auxílio do aplicativo Sapelli, já utilizado em ações anteriores da Ecoa. 

O biólogo Thiago Miguel Oliveira, responsável pelo desenvolvimento dos mapas, explica que o trabalho deve mapear a ocorrência e condições do Baru nos territórios com auxílio de famílias das comunidades, que devem receber celulares com o aplicativo Sapelli já instalado. “O projeto no Sapelli é bem simples, apenas com imagens, para poder abarcar todos os públicos. Se no momento que está em campo a pessoa avistar um pé de baru, indica no aplicativo seu estado fenológico, com fruto ou com flor, tira uma foto e automaticamente se cria um pontinho no mapa de acordo com referência de satélite”, explica. 

Capacitação do técnico Adriel para o treinamento dos envolvidos na coleta dos dados

Para utilização adequada do aplicativo, ao longo da semana o biólogo capacitou o técnico de campo, Adriel Abreu, que deve coordenar as etapas seguintes de captação de dados em campo. “No final do projeto, a intenção é baixar todas essas informações e fornecer para as comunidades uma compreensão ilustrativa do território que eles ocupam, de como é a dinâmica de extrativismo do pessoal”. 

Todas as atividades realizadas respeitaram os protocolos de biossegurança necessários diante da pandemia de coronavírus. Ambos profissionais vinculados ao projeto realizaram teste prévio para detecção de covid-19, com resultado negativo. Houve também a utilização constante de máscara e álcool em gel, além da preferência por realizar as ações em locais abertos e bem arejados. 

 

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