Representantes da Embrapa, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (ANATER) e do Ministério do Meio Ambiente (MMA) se reuniram em 28 de setembro para o lançamento do projeto “Integração da conservação da biodiversidade e uso sustentável nas práticas de produção de produtos florestais não madeireiros e sistemas agroflorestais em paisagens florestais de usos múltiplos de alto valor para a conservação”. O projeto, financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente, visa a preservar a biodiversidade brasileira e fortalecer e incentivar o modo de vida de comunidades tradicionais.
“Esta é uma data muito especial porque, no final de semana, as lideranças de todos os países aprovaram uma nova agenda de desenvolvimento sustentável. E esse projeto é desenvolvimento sustentável puro”, declarou o então representante residente do PNUD, Jorge Chediek na cerimônia.
Desenvolvido nos biomas Amazônia, Caatinga e Cerrado, a iniciativa tem duração prevista de cinco anos e atuará em territórios com alta biodiversidade, baixo IDH e onde há presença de comunidades agroextrativistas e agricultura familiar, além da atuação da Embrapa. Segundo o pesquisador e gestor do projeto, Aldicir Escariot, ampliar a atuação de agroextrativistas será fundamental para o processo, uma vez que dominam a aplicação do uso sustentável e entendem a importância de se conservar a biodiversidade brasileira, construindo um modelo baseado nas necessidades locais. Além disso, será possível gerar oportunidades para famílias que vivem no campo, assegurando e fortalecendo seus modos de vida e reduzindo desigualdades sociais.
O projeto também pretende desenvolver tecnologias que permitem explorar o meio ambiente de forma sustentável, fomentar a economia local e capacitar profissionais. A produção de conhecimento sobre o tema será outro resultado de grande relevância devido à escassez de informações, que serão disponibilizadas em plataforma online. Tais informações também darão suporte ao desenvolvimento de políticas públicas para uso sustentável da biodiversidade, questão fundamental para Escariot. “É uma estratégia duradoura, que pode ser expandida para outros territórios do Brasil, com impactos muito mais significativos”.
Fonte: ONU Brasil