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Os projetos de energia solar podem resultar em pelo menos 60 mil oportunidades de trabalho até 2018. Até o momento, as usinas solares vão instalar uma capacidade de 3,3 gigawatts (GW) incluindo as previstas para serem instaladas no Brasil nos próximos dois anos, considerando os empreendimentos contratados via leilões de energia de reserva e os que foram viabilizados no mercado livre pelo Estado de Pernambuco, segundo informações da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
O setor estima que para cada megawatt solar instalado sejam criados entre 20 e 30 postos de trabalho (diretos e indiretos). Sendo assim, calcula-se que algo entre 60 mil e 99 mil novas oportunidades de emprego deverão ser criadas com o desenvolvimento do mercado de energia solar brasileiro.
Em Pernambuco, há a previsão da implantação de uma nova usina solar que deve gerar 40 empregos, quando entrar em fase de operação. As obras dessa unidade devem começar ainda este semestre será em Flores e tem como sócios um fundo de investimento, a Kroma Energia e a família Moura Dubeux. Ainda não há um endereço online para mandar os currículos.
Dois terços desse público são de pessoas com formação técnica em elétrica, eletrônica ou engenharia
O número de vagas geradas pelo segmento de energia solar pode ser ainda maior, uma vez que essa conta desconsidera o potencial de empregos a serem criados com o avanço da geração distribuída (GD), aqueles sistemas solares pequenos que podem ser instalados no teto das casas. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica, o mercado de GD fechou 2015 com 1.731 instalações ou 16,5 MW de capacidade. Em comparação com 2014, quando existiam 424 conexões, houve aumento de 308%.
Mão de obra
A Blue Sol – Energia Solar, empresa pioneira e referência no desenvolvimento de sistemas e projetos para geração de energia solar fotovoltaica no Brasil, é uma das que se destacam na formação de mão de obra capacitada para o segmento. Luis Otávio Colaferro, sócio-fundador e diretor de treinamentos da companhia, afirmou ao Jornal do Commercio que há muitas pessoas de áreas afins que veem no mercado fotovoltaico uma oportunidade de empreendedorismo.
A Blue Sol já formou mais de 4.800 profissionais em quatro anos de cursos. Dois terços desse público são de pessoas com formação técnica em elétrica, eletrônica ou engenharia. Outra parte é formada por arquitetos, corretores de imóveis, empresários e até profissionais que fizeram carreira no setor elétrico, mas agora enxergam na energia solar a oportunidade de ter seu próprio negócio. Portanto, é bom ficar atento porque a energia que vem do sol vai empregar mais gente, principalmente nos Estados do Nordeste.