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Eólicas ganham espaço e Brasil sobe em ranking internacional

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Em escala global, Engie decidiu focar em projetos de energia limpa, como a eólica. Foto: Jean-Paul Pelissier|Reuters

Via ClimaInfo

Um levantamento feito pela Global Wind Energy Council (GWEC) divulgado nesta semana mostrou que a geração eólica no Brasil se expandiu no último ano, com o país subindo uma posição no ranking mundial de energia eólica onshore. Em 2021, o Brasil se tornou o 6º país com mais eólicas do mundo, com capacidade instalada de 21,5 GW, atrás apenas da China (310,6 GW), Estados Unidos (134,3 GW), Alemanha (56,8 GW), Índia (40 GW) e Espanha (28,3 GW). O mercado brasileiro também voltou a figurar entre os três que apresentaram o maior ritmo de crescimento no último ano, junto com Estados Unidos e China.

“Estamos agora com 21,5 GW e 795 parques eólicos”, comentou Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), ao Valor. “Já são mais de 9 mil aerogeradores em operação e somos a 2ª fonte da matriz elétrica. Considerando o que já temos em contratos assinados, vamos chegar a 2026 com pelo menos 36 GW”.

No geral, o ano de 2021 foi bastante positivo para a geração eólica em todo o mundo. Quase 94 GW de capacidade foram adicionadas no ano passado, o segundo melhor resultado histórico do setor, apesar da pandemia de COVID-19. A capacidade total instalada global é de 837 GW, com destaque para o avanço das eólicas na China (+30,7 GW) e nos Estados Unidos (+12,7 GW). Sob um recorte regional, a África e o Oriente Médio tiveram a maior taxa de crescimento de instalações eólicas em 2021, com aumento de 120%, seguidos pela América Latina (27%) e Europa (19%).

Mas nem tudo é festa. Apesar do crescimento, o ritmo ainda está aquém do necessário para que os objetivos climáticos dos países sob o Acordo de Paris sejam cumpridos. “A indústria eólica continua avançando e entregando, mas elevar o crescimento ao nível necessário para alcançar o net-zero e a segurança energética exigirá uma abordagem nova e proativa para a formulação de políticas em todo o mundo”, argumentou Ben Backwell, CEO do GWEC. “Os últimos 12 meses devem servir como um grande alerta de que precisamos avançar decisivamente e mudar para sistemas de energia do século XXI baseados em fontes renováveis”.

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