Espécies de cerrado com potencial para recuperação de áreas degradadas por mineração

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Com o intuito de selecionar espécies que possam ser testadas na recuperação de áreas com alta concentração de arsênio, foram estudadas 10 áreas de Cerrado degradadas pelo garimpo de ouro em Paracatu, MG. Utilizou-se a escala de valores de cobertura e abundância de Braun-Blanquet, sendo as espécies classificadas também quanto à forma de vida de Raunkiaer. As áreas foram comparadas floristicamente pelo índice de Sørensen. Foram encontradas 197 morfoespécies lenhosas e herbáceas, das quais 102 foram identificadas em nível específico, 35 em gênero e 40 em família. Vinte morfoespécies não puderam ser identificadas. Houve grande variação quanto à riqueza florística entre as unidades amostrais (21-53 espécies), e esse fato influenciou a formação de três grupos na análise de similaridade florística. As espécies que se mostraram mais abundantes e provavelmente de maior adaptabilidade às condições ambientais foram: Axonopus marginatus, Simarouba amara, Aristida ekmaniana, Digitaria ciliaris, Stylosanthes viscosa, Andropogon bicornis, Maprounea guianensis e Sabicia brasiliensis. A forma de vida mais frequente foi fanerófito, seguida de hemicriptófito e caméfito. No espectro biológico, foi possível visualizar as diferentes estruturas das áreas estudadas, enfatizando-se a diversidade de ambientes presentes, apesar de apresentarem baixa riqueza florística.

Neri, Andreza Viana; Soares, Michellia Pereir; MEIRA NETO, João Augusto Alves; Dias, Luiz Eduardo. (2011). Espécies de cerrado com potencial para recuperação de áreas degradadas por mineração de ouro, Paracatu-MG. Revista Árvore (Impresso), v. 35, p. 907-918.

Autores

Andreza Viana Neri, Joao Augusto Alves Meira Neto

 

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