Por Climainfo.
A exposição à fumaça de incêndios florestais no ano passado pode estar associada a milhares de infecções adicionais pelo novo coronavírus nos EUA, de acordo com cientistas norte-americanos. Um estudo da Universidade de Harvard publicado na última semana estimou que houve quase 20 mil infecções extras por COVID-19 e 750 mortes decorrentes da doença associadas à fumaça de incêndios no oeste do país entre março e dezembro de 2020. Essa fumaça contém altos níveis de material particulado PM 2.5, o menor e mais perigoso tipo de fuligem. NY Times e Washington Post repercutiram o estudo.
Como a pandemia ainda não cedeu, podemos ter uma repetição este ano: milhares de pessoas tiveram de deixar suas casas nos estados de Utah, Oregon e Califórnia neste final de semana por conta de incêndios monstruosos que consomem boa parte do oeste norte-americano desde o mês passado. O forte calor persiste na maior parte dessa região, o que facilita o surgimento e a disseminação de focos de fogo na vegetação ressecada. Associated Press e NY Times destacaram essa notícia.
Já o Financial Times fez um longo artigo explorando como a população da Califórnia, confrontada com anos seguidos de incêndios florestais cada vez mais devastadores, está se acostumando com o “novo normal” do clima local e buscando se adaptar a essa realidade. Essas lições aprendidas nos últimos anos podem ser valiosas para outras comunidades que enfrentam episódios cada vez mais costumeiros de incêndio florestal nos EUA e em outras partes do mundo.
Em tempo: Os arredores de Atenas, na Grécia, seguem tomados pelo fogo. Nesta 2ª feira, centenas de pessoas foram retiradas de suas casas para escapar do avanço das chamas. O país sofre com a temporada de incêndios mais devastadora de sua história: nas últimas semanas, mais de 500 focos de fogo foram registrados em toda a Grécia, principalmente na região de Atenas, na península do Peloponeso e na ilha de Eubeia.
Imagem de capa: Carlos Orias B.