A Ecoa ajudou a organizar e marcou presença, por mais um ano, na Expedição Pantanal. Entre os dias 7 e 11 de dezembro, o Diretor Presidente da Ecoa André Luiz Siqueira percorreu a região norte do Pantanal da cidade de Corumbá (MS) e ajudou a levar apoio a quem mais precisa no coração do Pantanal.
Este ano, em meio às dificuldades da pandemia de Covid-19 e a tragédia que resultou dos incêndios, a viagem contou com a presença especial da atriz Cristiane Oliveira, a convite da organização SOS Pantanal. A atriz protagonizou a telenovela “Pantanal”, exibida na década de 1990.
Ecoa, Iasb (Instituto das Águas da Serra da Bodoquena) e o comando do 2º Batalhão da Polícia Militar organizaram essa expedição que já acontece há cinco anos. O trabalho de organização foi cuidadoso e precisou ser muito bem pensado, já que são muitos os ricos e as dificuldades impostas pela pandemia.
O mesmo cenário, ainda assim, fez com que 2020 fosse o ano mais dramático para esses pantaneiros e, por isso, a equipe de voluntários – com os equipamentos de proteção e seguindo os protocolos da Covid-19 – resolveu manter a expedição de assistência. Os voluntários visitaram 6 comunidades tradicionais do Pantanal.
Participaram da expedição, além do Diretor Presidente da Ecoa, da atriz e da equipe de policiais militares, equipe do Iasb, as procuradoras do Ministério Público do Trabalho Rosimara Delmoura Caldeira e Simone Beatriz Assis de Rezende, a advogada Daiane e o professor Aurélio, ambos da prática jurídica da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
À partir de Corumbá, o grupo percorreu um trajeto de mais de 260 quilômetros de navegação no Rio Paraguai. Os voluntários atenderam a comunidade de Paraguai Miriam, a Escola Jatobazinho, a comunidade São Francisco, Porto Amolar, a comunidade da Barra de São Lourenço e a Ilha Ínsua na Terra Indígena Guató.
A Expedição Pantanal tem vários objetivos. Entre eles, podemos destacar a assistência por meio da doação de alimentos, roupas e EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), além de materiais didáticos promovidos pelo Iasb e mudas frutíferas para a recuperação dos quintais das comunidades, que foram fortemente atingidos pelos incêndios.
Outro destaque é para a entregar de EPIs aos coletores de iscas, que, em situação são de vulnerabilidade, puderam ter sua dignidade de trabalho resgatada com o trabalho imprescindível do Ministério Público do Trabalho. A equipe de prática jurídica da UFMS também ainda realizou assistência jurídica aos grupos isolados, e, dessa forma, levaram direitos constitucionais a essas comunidades.
Nas palavras de André Luiz Siqueira:
“As ações são importantes para, além do alento, definir novas agendas na garantia e manutenção do modo de vida dos povos tradicionais e da conservação da biodiversidade do Pantanal”, destacou.
Fotos: Prática jurídica UFMS e Gustavo Figueirôa.