Com informações do Não Fracking Brasil e Assembleia Legislativa do Paraná
Paraná na vanguarda ambiental: Com a aprovação da Lei n° 19.878, na última quarta-feira (10/07), pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), o estado do Paraná se torna pioneiro no país a proibir, de modo definitivo, a exploração do gás de xisto pelo método de fratura hidráulica (fracking).
Gás da morte: O gás do folhelho pirobetuminoso de xisto é extraído do fraturamento de rochas no subsolo por meio de fracking. Esta é uma técnica que consiste em injetar sob altíssima pressão de 7 a 30 milhões de litros de água, areia e mais de 700 produtos químicos tóxicos – com potencial cancerígeno e, até, radioativos –, para inserir tubulações por onde o gás de xisto é liberado.
A poluição gerada pelo processo é devastadora e afeta de maneira drástica a geração de empregos, pois, torna o solo infértil, inviabilizando a agricultura, pecuária e turismo; a saúde, pois contamina a água potável – superficial e subterrânea -, e o ar, causando problemas respiratórios, cardíacos, neurológicos, vários tipos de câncer, má formação congênita, esterilidade em mulheres, aumento da mortalidade infantil e perinatal, nascidos de baixo peso e partos prematuros; além de intensificar a crise climática.
Histórico: A exploração do gás de xisto no Brasil, teve início em 2013. Desde então, campanhas de mobilização anti-fracking têm sido desenvolvidas por grupos como a Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida (COESUS), Instituto Internacional Arayara e a 350.org Brasil.
Juliano Bueno de Araújo, diretor fundador da COESUS, celebra o decreto de proibição do fracking no Paraná como uma excelente conquista “após quase seis anos de uma campanha de mobilização, pesquisas científicas e trabalhos com legisladores e especialistas”.
No mês de junho de 2019, o PL nº 65/2019 assinado pelos parlamentares Evandro Araújo (PSC), Goura (PDT), Marcio Pacheco (PDT), e pela deputada Cristina Silvestri (PPS), havia sido aprovado na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
“Com o fracking, não há água, trabalho, não há vida”, explica Ilan Zugman, da 350.org Brasil. Segundo ele, “o Brasil já desenvolve projetos de exploração de energia solar, hídrica, biomassa eólica e outras. Não precisamos de fontes nocivas e perigosas como o fracking”.
Foto de capa via Não Fracking Brasil