Este é um texto retirado parcialmente do R7, via ProcelInfo.
Segundo cálculos de especialistas a economia com auto-geração de energia pode fazer com que o sistema gerador instalado seja amortizado em 5 anos.
Isso é possível devido à Resolução Normativa 482, da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), em vigor desde abril de 2012, que abriu as portas para o consumidor brasileiro gerar sua própria energia a partir de fontes renováveis. O assessor da Superintendência de Regulação dos Serviços de Distribuição da Aneel, Hugo Lamin, afirma que a medida, revisada no início deste ano, pode chegar até mesmo ao bolso da família comum ao evitar que as usinas térmicas sejam ligadas.
“Um dos benefícios da geração distribuída é evitar a construção de grandes usinas, focar nas fontes alternativas e obter os benefícios que as fontes renováveis têm”.
Desde 2015, a Aneel instituiu um sistema de bandeiras tarifárias para os consumidores de energia elétrica no País. Elas podem ser verde, amarela ou vermelha e resultar em um acréscimo de R$ 0,045 por cada quilowatt-hora consumido. A mudança da cor leva em conta o custo da geração de eletricidade. Em novembro, a cobrança passou para a bandeira amarela devido à necessidade de acionar as usinas termelétricas.
Crédito
Os brasileiros que geram a própria energia têm a capacidade de fornecer créditos para a rede elétrica caso produzam mais do que necessitam. Nesses casos, é possível permanecer com acesso à energia elétrica em momentos nos quais a geração for interrompida pela falta da luz do sol.
Lamin explica que o “sistema de compensação de energia elétrica” funciona como se a rede da distribuidora fosse uma bateria, para que o consumidor possa gerar a própria energia e receber de volta pela produção excedente por um período de até cinco anos.
“Do ponto de vista do consumidor, esse modelo de troca é muito vantajoso. Apesar de ele não vender a energia, ele consegue reduzir muito a tarifa de energia dele”.
Apesar da redução significativa, a possibilidade de não pagar conta de luz é descartada por Lamin. Ele explica que todo o consumidor responsável pela geração da própria energia deve arcar com um pagamento mensal do “custo de disponibilidade” equivalente à capacidade de cada sistema.
“O consumidor não consegue zerar [o valor da conta de energia] porque, mesmo que ele gere mais, vai ter que sempre pagar aquele valor mínimo, que corresponde ao custo de disponibilidade”.
Para que se evite prejuízos, Colaferro explica a importância de que o sistema instalado esteja dentro do padrão de consumo da família.
“Se você colocar um sistema superdimensionado, no final dos cinco primeiros anos você via ter um acumulo de quilowatt/hora e vai perder esse crédito. Se você não usar essa energia acumulada na sua distribuidora, ao final do quinto ano você perde essa energia. Então, o ideal é que o sistema esteja sempre direcionado para o limite do seu consumo”.