Hidrelétricas do Rio Madeira e suas consequências

2 minutos de leitura
Em 2014o município de Humaitá, a 600 km de Manaus, ficou embaixo d'água depois que o rio Madeira atingiu 24,69 metros (Foto: Divulgação)
Em 2014o município  de Humaitá, a 600 km de Manaus, ficou embaixo d'água depois que o rio Madeira atingiu 24,69 metros (Foto: Divulgação)
Em 2014, o município de Humaitá, a 600 km de Manaus, foi atingido pela cheia do rio Madeira que atingiu 24,69 metros (Foto: Divulgação)

Notícia do Rondônia Agora, do dia 8 de março, informa que o prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif, decretou Estado de Alerta por causa do nível do Rio Madeira. O rio alcançou 15,20 metros, ultrapassando a cota de alerta que é de 14 metros. “Se chegar a 15,50 metros muitas casas nas regiões de risco vão ser alagadas”, disse o secretário de Projetos Especiais e Defesa Civil (Sempedec), Vicente Bessa.

São as consequências da construção de hidrelétricas e a desconsideração dos alertas de cientistas e organizações não governamentais sobre as obras. Calcula-se que inicialmente cerca de 150 famílias na Capital e outras 200 no distrito de Abunã serão afetadas, caso as águas do Madeira cheguem a 15,50 metros.

A matéria aponta como agravante o fato de todo distrito ter que ser transferido para uma região mais alta. Estudos realizados pela Agência Nacional de Águas (ANA) indicam que o nível do lençol freático está muito elevado por causa do reservatório da usina de Jirau. Isso prejudica as atividades agrícolas na região, uma das principais fontes de sobrevivência das famílias.

Complexo hidrelétrico do rio Madeira (Foto: Divulgação)
Complexo hidrelétrico do rio Madeira (Foto: Divulgação)

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.

Mais recente de Blog

O Pantanal e as onças. O que fica claro nas entrevistas de pesquisadores sobre as onças no Pantanal e o ataque ao senhor Jorge, caseiro de pousada nas margens do rio Aquidauana (MS), é que são necessárias novas pesquisas sobre a a fauna região, pois tempos de eventos climáticos extremos, como as grandes secas de 2020 e a de 2024, certamente provocam alterações profundas nos ecossistemas que dão suporte aos animais. Em 2021 as onças devoraram todos os cachorros das famílias que vivem ao longo do rio Paraguai e invadiram casas e agora, em 2025, chegam informações, através de nossas redes, de que em algumas regiões voltam a atacar cachorros. (Alcides Faria)