Este trabalho cuidou de fazer o levantamento do processo de rearticulação do megaprojeto da Hidrovia Paraná Paraguai (HPP) no Pantanal, atualmente em curso. O intuito foi o de se ter um diagnóstico, os desdobramentos e, assim, poder informar e mobilizar a sociedade apropriadamente.
Originalmente gestado na década de 80 do século passado, o projeto passou por estágios como o suporte e posterior desistência de agências multilaterais de financiamento como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial. No final da década de 90 o principal mentor, o governo brasileiro, informou que não mais executaria as obras previstas – posição reafirmada em 2001.
O que este trabalho comprova é que as “desistências” não significaram o fim dos interesses até ali agrupados, por um lado e, por outro, o surgimento de novos atores talvez até mais poderosos. Como pode ser visto o Banco Interamericano de Desenvolvimento voltou ao processo, em associação com um fundo de investimentos (P2Brasil / HBSA), no financiamento de empurradores e barcaças para o transporte de minério de ferro da Vale Internacional a partir de Corumbá (MS), no Pantanal.
Da parte do governo brasileiro foram realizados estudos, destinação de recursos e adequação da legislação para enquadramento das obras. Talvez os primeiros ruídos já possam ser ouvidos com as tentativas de expulsão de uma comunidade na região de um dos portos do Pantanal.
A Ecoa monitora e atua frente ao megaprojeto desde que foi criada (1989). Diante dos fatos mais recentes a organização entende que é necessário realizar ações de esclarecimento da população, sendo que este trabalho é uma das ferramentas para tanto.
Faça o download do documento “Hidrovia Paraná Paraguai: O Megaprojeto Rearticulado“, elaborado pelo Diretor Institucional da Ecoa, Alcides Faria.
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