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Ibama e Ecoa realizam curso para preparação do combate a incêndios no Pantanal. As estratégicas brigadas voluntárias presentes.

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Brigadista do Passo da Lontra

O curso foi viabilizado pelo projeto Restauracción que tem apoio do Serviço Florestal Canadense.

Representantes de organizações de outros países também comparecem ao evento.

O “Curso de SCI 200 para as instituições parceiras/resposta aos incêndios florestais no Pantanal”, começou hoje (12) com duração até  14 de março, em Corumbá (a 426km de Campo Grande). Cerca de  30 profissionais de combate ao fogo estão participando.

O objetivo é atualizar a formação no Sistema de Comando de Incidentes (SCI-200), metodologia que será ministrada pela Diretoria de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Dipro/Ibama). Os integrantes irão se aperfeiçoar sobre a estrutura organizacional (Organização Modular) e a Cadeia de Comando de incidentes.

A formação também é uma resposta de mitigação aos alertas que indicam que mesmo com o fim do fenômeno climático El Nino, ainda há um grande risco de novos incêndios no Pantanal. “Precisamos atualizar os planos de ações para evitar que a região sofra mais perdas como as de 2020 e 2021. Apesar das chuvas recentes, os rios que formam o Pantanal ainda estão muito baixos. Na régua de Ladário, onde está a marcação histórica do nível do rio Paraguai, os números indicam que o rio está quase um metro (0,70 cm) abaixo do que esteve no mesmo mês de março da pior seca dos últimos cinquenta anos, em 2021.  Por essa razão estamos promovendo essa atualização em SCI, para preparar melhor os parceiros e proporcionar um ambiente de troca entre as instituições que participam do Plano de prevenção e combate a incêndios no Pantanal”, afirma André Siqueira, diretor de programa e projetos da ECOA.

André Siqueira, diretor de Projetos da Ecoa, na abertura do curso hoje, em Corumbá.

Devem participar da formação representantes da ECOA,  Ibama e Prevfogo, Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar, ICmbio, SOS Pantanal e instituições da Bolívia e Colômbia, como Amigos de la Natureza (FAN) e o Humboldt. Além das Brigadas Comunitárias Voluntárias, das Brigadas Pantaneiras e que atuam em diversas áreas e são fundamentais para o evitar incêndios em regiões remotas.

Brigadas Voluntárias

Segundo o Mapbiomas o Pantanal é o bioma nacional mais fragilizado pelo fogo, com cerca de 50% de sua área já impactada por queimadas.

O trabalho das brigadas voluntárias na região é fundamental para evitar novas perdas. A formação de brigadas é um trabalho que a Ecoa iniciou há 23 anos.  O primeiro grupo de brigadistas foi estruturado na Barra do Rio São Lourenço, a montante de Corumbá (MS), nos marcos de uma campanha anual denominada “Queimada Mata”.

Hoje o Pantanal possui mais de 50 brigadas, 23 das quais estão sob coordenação da Ecoa, que integram o Plano de Ação para o Manejo Integrado do Fogo no Pantanal. A estrutura de combate com brigadas, tanto comunitárias quanto das fazendas,  é a forma mais ágil de enfrentamento aos incêndios em regiões remotas, o que evita que as queimadas se tornem-se incêndios de grandes proporções.

 

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