- Fogo usado para ampliação de pastagem ocasionou grandes incêndios florestais no bioma
Via Assessoria de Comunicação do Ibama
Operações de fiscalização realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Pantanal durante a atual temporada de incêndios florestais no bioma resultaram, até o momento, em mais de 4,5 mil hectares embargados e em cerca de R$ 2 milhões em multas aplicadas somente no município de Corumbá (MS).
Incêndios em 30 áreas no Pantanal foram provocados por ação humana, segundo PF e Ibama
Ação de agentes ambientais federais do Instituto neste mês de julho no município apreendeu três tratores e um correntão que estavam sendo utilizados por infratores para devastar uma área de mais de mil hectares, para produção de pasto. Uma porção de terra equivalente a cerca de 140 campos de futebol já havia sido destruída pelos equipamentos e foi embargada para possibilitar a regeneração da vegetação nativa. O proprietário da fazenda foi multado em mais de R$ 1 milhão.
Em outra ação, os agentes identificaram, com auxílio de imagens de satélite, uma área próxima à captação de água de Corumbá, localizada entre o Canal Tamengo e o rio Paraguai, que foi queimada ilegalmente para renovação de pastagem, gerando incêndio que atingiu mais de 2,4 mil hectares, que foram embargados. Dois proprietários de bois e cavalos foram notificados a retirem seus animais da área pertencente à União.
Participam também da Operação Pantanal 2024 a Polícia Federal (PF), a Polícia Científica do Estado de Mato Grosso do Sul e o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).
“Enquanto os combates ocorriam nas frentes de fogo, com os brigadistas, as equipes de perícia e fiscalização dirigiam-se às origens dos incêndios, a fim de identificar as causas e os responsáveis”, explica Nicélio Silva, analista ambiental do Ibama que atua também como perito do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo).
Outros pontos em que foram identificadas infrações ambientais serão objeto de novas ações fiscalizatórias, com aplicação de multas e embargos.