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Incêndios florestais podem ativar partículas cancerígenas no solo, diz estudo

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Incêndios na região da Serra do Amolar, Pantanal, em 2020 (Foto: Leonida Aires / Arquivo Ecoa)

Um novo relatório publicado na revista Nature Communications neste mês aponta que o calor intenso dos incêndios florestais pode transformar metais encontrados no solo em partículas do ar causadoras de câncer.

O calor intenso dos incêndios pode transformar o cromo, um metal, de sua versão benigna em partículas tóxicas transportadas pelo ar. Isso coloca bombeiros e pessoas que vivem nas proximidades em risco, de acordo com o estudo.

Em comunicado à imprensa, o coautor do estudo e professor da Stanford Doerr School of Sustainability Scott Fendorf explicou que “na complexa mistura de gases e partículas que os incêndios florestais expelem como fumaça e deixam para trás como poeira, metais pesados como cromo têm sido amplamente negligenciados”.

O metal é comum em solos da África do Sul, Austrália, Brasil, Europa, Indonésia e oeste dos Estados Unidos.

Pesquisas publicadas em 2019 na Austrália descobriram que o calor intenso do fogo em florestas poderia causas a transformação do cromo 3 em cromo hexavalente, ou cromo 6, uma toxina que pode provocar câncer, danos nos órgãos e outros problemas de saúde.

Depois desses estudos, os cientistas de Stanford começaram a testar a teoria em solos de quatro reservas ecológicas na costa norte da Califórnia, região atingida por incêndios florestais em 2019 e 2020.

Segundo os testes, o solo de áreas queimadas tinham níveis de cromo tóxico cerca de sete vezes maiores do que em áreas não queimadas. Mesmo depois de um incêndio ser contido, o estudo descobriu que as comunidades locais ainda podem ser expostas devido a ventos que transportam partículas finais do solo com cromo.

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