O Ministério Público de Mato Grosso, Ministério Público do Trabalho e Ministério Público Federal movem ação conjunta para proibir o uso do herbicida glifosato no Mato Grosso.
O motivo alegado são riscos à saúde dos trabalhadores rurais. A medida teve início em 2019 e tramita no Tribunal Regional do Trabalho.
Inicialmente a ação foi julgada como improcedente pela Terceira Vara do Trabalho. No entanto, o processo continua em tramitação no Tribunal Regional do Trabalho.
As listadas como rés na ação Aprosoja-MT, Ampa e Famato argumentam que a medida traria sérios prejuízos, especialmente ambientais.
Em 2019, pesquisadores da Universidade Estadual de Washington descobriram uma variedade de doenças e outros problemas de saúde nos filhos de segunda e terceira geração de ratos expostos ao glifosato, o herbicida mais usado no mundo. Foi o primeiro estudo desse tipo. Descendentes de ratos expostos ao herbicida desenvolveram doenças na próstata, nos rins e ovário, acompanhadas de obesidade e anormalidades neo-natal.
Leia mais em https://ecoa.org.br/glifosato-efeitos-sobre-a-saude-atravessa-geracoes/
Além disso, o glifosato é prejudicial às abelhas, cuja polinização é responsável por 75% dos alimentos cultivados.
Estudo conduzido por pesquisadores das universidades Estadual Paulista (Unesp), Federal de São Carlos (UFSCar) e Federal de Viçosa (UFV) revelou como três pesticidas comumente utilizados na agricultura – imidacloprido, piraclostrobina e glifosato – afetam a espécie de abelha nativa sem ferrão Melipona scutellaris: sozinhos ou em combinação, os compostos modificam a atividade locomotora dos animais e reduzem suas defesas. Os resultados do trabalho foram publicados recentemente na revista científica Environmental Pollution.
Saiba mais aqui.