Este texto toma por base, em parte, a uma publicação do Financial Times
– Tempo na cozinha é precioso. Os conhecimentos básicos de culinária diminuem: a “economia doméstica” foi abandonada. Escolas deveriam ensinar alunos a cozinhar? Na cozinha está a química, a física, a biologia, a cultura e a arte.
– Os consumidores dos países mais ricos, incluindo muitos dos mais pobres da sociedade, comem mais e mais refeições prontas com alto teor de sal, aditivos. E junto geram muito lixo com embalagens.
– Esses padrões têm consequências, à medida que alimentos processados e industrializados aumentam o risco de doenças cardíacas, câncer e outras.
– Estudo com cerca de 45.000 franceses durante quase uma década mostrou ligação entre alimentos processados e mortalidade.
– Dieta errada respondem por até 11 milhões de mortes prematuras evitáveis a cada ano.
– Dieta errada é um um risco maior do que sexo inseguro, álcool, drogas e tabaco. Todos juntos.
E a produção?
– A agricultura é responsável por 40% do uso global da terra, 30% das emissões de gases de efeito estufa e 70% do uso de água doce.
– O uso de pesticidas envenena os alimentos e é responsável por muitas doenças, incluindo vários tipos de canceres.
– A dieta atual é dependente de um pequeno número de espécies. Quase os mesmos de milhares de anos atrás?
– De mais de 14.000 espécies de plantas comestíveis, apenas 150-200 são usadas por humanos e apenas três – arroz, trigo e milho – respondem por 60% de todas as calorias consumidas pelos seres humanos.
– Os ecossistemas naturais estão ameaçados. Espécies silvestres desaparecem; nitrogênio e o fósforo dos cultivos estão matando a vida aquática.
As propostas do editor de educação da Financial Times:
– Os governos e os reguladores devem desempenhar um papel mais intervencionista, com o investimento na educação básica e o incentivo a cozinhar, na melhor nutrição. Também propõe a regulamentação mais rígida da publicidade de alimentos não saudáveis e impostos sobre determinados ingredientes.
– O preço dos alimentos deve refletir seus verdadeiros custos, incluindo o ônus ambiental mais amplo dos atuais métodos de produção.
– Instituições públicas – incluindo escritórios, escolas e hospitais – devem dar um exemplo oferecendo refeições mais saudáveis para funcionários e visitantes.
– As empresas agroalimentares precisam investir em formas de produção mais intensivas, porém menos prejudiciais à biodiversidade.
– É preciso haver investimentos substanciais em novas variedades mais resistentes às mudanças climáticas.
– Restaurantes e supermercados devem reduzir resíduos.
– As pessoas também devem reduzir o consumo de carne e laticínios; reduzir o desperdício e apreciar o valor da “comida lenta”. Cozinhando e comendo juntas.
– Sem dietas mais imaginativas e variadas e outras formas de se alimentação saudável, acabaremos pobres em dietas e pobres em Planeta.
Foto de capa por @ja_ma, via Unplash