///

Marina Silva afirma que 96% dos incêndios no Pantanal foram extintos ou estão controlados

7 minutos de leitura
Marina Silva retornou a Corumbá nesta terça-feira (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Via Agência Brasil

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Waldez Góes, e as ministras Simone Tebet, do Orçamento e Planejamento, e Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança climática (MMA), estiveram ontem (16) em Corumbá, Mato Grosso do Sul, para acompanhar o trabalho de combate aos incêndios no Pantanal. Segundo Marina, “este é um momento que a gente pode até celebrar, mas temos que manter as nossas equipes mobilizadas. Mesmo agora, quando temos 56% de um total de 55 incêndios já extintos e estamos em processo de 40% que devem ser controlados e 4% que estamos combatendo”.

A ministra comentou ainda sobre a previsão do tempo para o restante do mês. “Nós sabemos que, a partir do final de semana, chegará uma onda de calor, com baixa da umidade relativa do ar, portanto, há risco de termos novos incêndios. Então, Corpo de Bombeiros, Ibama, ICMBio, temos que nos manter mobilizados para salvar o Pantanal,  salvar a nossa biodiversidade e os nossos sistemas econômicos que estão sendo colapsados pela emergência climática”, avaliou.

A agenda também contou com a participação do governador de MS, Eduardo Riedel. A delegação do Governo Federal constatou o resultado positivo das ações empreendidas na região. As ministras Marina e Simone Tebet e o ministro Waldez Góes sobrevoaram a região, conversaram com os brigadistas do PrevFogo e acompanharam o trabalho que está sendo feito em conjunto pelos governos federal, estadual e municipais.

Desde a primeira visita das ministras Tebet e Marina à região, em 28 de junho, foi editada uma medida provisória, pelo Ministério do Planejamento, abrindo um crédito extraordinário no valor de R$ 137 milhões para as ações dos ministérios do Meio Ambiente, da Defesa e de Segurança Pública no Pantanal, que se somam a outros R$ 100 milhões recompostos do orçamento do Meio Ambiente. Outra medida provisória permitiu a mudança no modelo e prazo de contratação de brigadistas, antes restrito a seis meses.

LEIA TAMBÉM: Governo Federal anuncia repasse de R$ 13,4 mi a MS para combater incêndios florestais

Tebet reafirmou a determinação do presidente Lula em garantir os recursos necessários para o combate às emergências climáticas e também o compromisso do governo federal com a questão ambiental e a sustentabilidade. “Quero dizer que não chegamos tarde. O trabalho conjunto de prevenção entre governo federal e estadual, em relação ao Pantanal, começou em setembro do ano passado”, disse ela, em referência ao começo dos trabalhos que resultaram na lei estadual de proteção ao Bioma, lançada em dezembro do ano passado. Tebet também ressaltou a liberação total de R$ 237 milhões extras para as ações de combate e prevenção de incêndios e lembrou que, assim como nessa operação, a união dos diferentes governos é a solução para o avanço das políticas públicas no país.

De acordo com a ministra Marina Silva, “sem o trabalho das pessoas que atuam na ponta não teríamos o resultado que estamos tendo”. Ela lembrou que o trabalho de combate aos incêndios, no governo federal, não começou esse ano e é fruto de prevenção e planejamento. “O esforço começou em 23 de janeiro de 2023, quando retomamos a Comissão Interministerial Permanente de Controle e Combate ao Desmatamento”, destacou Marina, reforçando a importância do trabalho conjunto e republicano dos governos federal, estadual e municipais.

Waldez Góes fez coro ao discurso sobre os bons resultados obtidos na região através de planejamento integrado e da força tarefa conjunta dos três níveis de governo. “Esse é um caminho a ser seguido”, disse ele.

O governador Eduardo Riedel também comemorou os resultados obtidos e creditou ao trabalho conjunto dos governos federal, estadual e municipais o controle do fogo na região do Pantanal. “Não vamos nos desmobilizar. Temos os meses de agosto e setembro pela frente”, disse ele, acrescentando que foi o planejamento e o trabalho em parceria que impediu o que poderia ser uma tragédia ainda maior que a de 2020, dada a escassez hídrica de 2024. “Evitamos essa situação com união, solidariedade, integração e capacidade de trabalho em conjunto.”

O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Jair Schmitt, explicou que a mobilidade para o trabalho dos brigadistas em decorrência das novas regras, a operação conjunta entre os governos e as instituições, além do crédito extraordinário (que permite agilizar a contratação e pagar os brigadistas na nova modalidade) “são fundamentais para o trabalho de combate aos focos na região.”

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.

Mais recente de Blog