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Meio ambiente sofre com a pandemia

4 minutos de leitura

Via A Tribuna MS

Por Saulo Moraes*

Finais de semana um povo se recolhe nas chácaras, sítios, beiras de rios, e daí vem a depredação da natureza praticada por alguns desses infelizes inconscientes que acham que a zona rural é da mãe joana.

É nos finais de semana que se vê o tanto que a natureza sofre nesse período de pandemia.

Se vê nos rios, em especial neste nosso querido e sofrido rio Correntes que fica na divisa dos estados de Mato Grosso (MT) com Mato Grosso do Sul (MS), o abuso nas pescarias onde qualquer peixe de qualquer tamanho vai literalmente pro saco. Tem uns que querem levar até o rio dentro do barco. Se vê nas madrugadas o ronco de barcos indo verificar suas pindas e seus espinhéis. Se observa a quantidade de pescadores cachaceiros que acham que o rio é pista de corrida de barcos.

E dane-se a lei que normatiza a pesca no Mato Grosso e Mato Groso do Sul. Sem saberem que a cota no MT é 5 quilos e um exemplar, e no MS é cinco piranhas e um exemplar. Dourado nem pensar em tirá-lo d’água. E ai daquele que for preso porque responde a processos criminal, cível e administrativo, além de perder os bens apreendidos (barco e apetrechos).

Daí você vai fazer a costumeira caminhada e lá na trilha da mata tu escuta tiros em direção aos animais silvestres ou até em sua direção… Certamente vindo das espingardas desses canibais tupiniquins metidos a sem-terra, sem teto, pescador amador de meia tijela, e os “cambal a quatro”…

Sem mencionar que nesses finais de semana esse povo que é uma minoria, deveria vir pro seu rancho (ou do amigo, ou da pousada) para descansar e ficar só de boa. Mas não, alguns pegam a sua motoserra e fazem barulho estarrecedor cortando árvores para destruir ainda mais essa estuprada área de preservação permanente (APP).

Aff!

A Polícia Militar Ambiental (PMA) e o próprio Ministério Público tentam fiscalizar. Tentam mas não conseguem coibir esses crimes ambientais porque o material humano é escasso.

Uma solução é os governos (ou o congresso) editarem uma lei criando a figura daquele policial rural Smith, mais conhecido como “Guarda Belo” dos desenhos em quadrinhos e animados. Sim, aquele personagem que vivia cuidando do parque, e sempre encontrava na reta um urso sujismundo e as vezes um depredador da natureza.

Somente assim esse nosso meio ambiente terá fôlego para sobreviver dos ataques provocados por alguns fugitivos dessa pandemia do Covid-19.

(*) Saulo Moraes é um pequeno empresário de Itiquira/MT, atingido diretamente pela represa do rio Correntes. Saulo é advogado e jornalista por formação acadêmica.

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