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Ministra do Meio Ambiente defende reforma em resposta a eventos climáticos extremos

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Foto: José Cr/AFP

Via Clima Info

As chuvas intensas que atingiram o litoral norte de São Paulo no último final de semana mostram que não há mais como ignorar o impacto da mudança climática. Este foi o alerta dado pela ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), em entrevista à CNN Brasil.

“Temos que reconhecer que estamos vivendo sob os efeitos da mudança do clima. Essa é a nova realidade que está posta ao mundo. Devemos combater os desastres de forma antecipada”, disse Marina. A ministra também defendeu uma articulação maior das respostas da União, estados e municípios a desastres naturais, bem como ações de prevenção e apoio às comunidades mais vulneráveis.

Ao jornalista Valdo Cruz, do g1, Marina ressaltou que o marco legal e os protocolos atuais para enfrentamento de desastres naturais não dão mais conta da complexidade e da gravidade do clima extremo. A ministra defendeu mudanças na legislação e na estratégia geral do poder público para prevenir e mitigar esses eventos. “Não adianta ficar repetindo o modelo em vigor, porque os eventos extremos demandam uma nova forma de lidar com eles, porque não vão parar, vão acontecer, como estão acontecendo, com maior regularidade.”

Uma ideia é a criação de um estado de emergência permanente em regiões de maior risco de desastre natural. “O CEMADEN [Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais] está acompanhando 1.038 municípios com eventos recorrentes. Em cima dessa base histórica, temos que ter uma legislação criativa, que é decretar estado de emergência permanente nessas cidades, para haver um plano continuado de prevenção aos efeitos de eventos extremos causados pela mudança climática”, destacou Marina ao UOL News.

Na mesma linha, Malu Gaspar defendeu no jornal O Globo que o governo federal reformule as políticas públicas ligadas à habitação popular e à infraestrutura urbana, também como resposta para prevenir desastres como o ocorrido em São Sebastião. “Tirar pessoas das áreas de risco deveria ser tão prioritário para a economia e para o meio ambiente quanto reflorestar a Amazônia”, escreveu.

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