A comunidade da Barra do São Lourenço, localizada a cerca de 210 km do município de Corumbá, MS, elegeu nova Diretoria para a Associação de Moradores durante Assembleia Geral ordinária realizada no mês de agosto. O emposse preenche a lacuna de representatividade das famílias nos processos políticos organizacionais e implica na retomada de importantes ações para melhoria das condições de vida na região.
Um dos processos que devem ser acompanhados é o da construção de uma nova escola para atender a comunidade, a proposta de criação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) junto a sociedade e órgãos responsáveis, além da revisão do Plano de Manejo do Parque Nacional (PARNA) do Pantanal Matogrossense.
“Durante a última gestão, houve uma fragilidade no processo associativo e nos dois últimos anos, a comunidade esteve frente aos problemas ocasionados por isso. Agora, há um amadurecimento sem igual desde que a Ecoa acompanha há 13 anos”. André Luiz Siqueira, diretor presidente da Ecoa.
A nova Diretoria da Associação – que foi fundada em 2006 – é composta pela presidenta Roseane Farias de Souza, vice-presidenta Joana Batista Gomes, secretária Maria Aparecida e tesoureiro Rosinei e no Conselho Fiscal, por Thiago da Silva Bastos e Sidney Marques. Segundo eles, este novo passo retomará o respeito da comunidade com parceiros que ao longo de sua constituição, junto a Ecoa, ajudaram a quebrar a invisibilidade das famílias ribeirinhas e que deve fortalecer a atração de políticas públicas básicas para o território.
Em agosto, a presidenta também se reuniu com o trade turístico de Corumbá, que tem forte promoção no desenvolvimento econômico da região. A intenção é que estabeleçam parcerias duradouras, para fortalecer as atividades econômicas da comunidade, visto que grande parte da renda das famílias é proveniente do turismo de pesca, além de melhorar aspectos da venda de iscas-vivas e outras atividades extrativistas.
Dentro do Projeto ECCOS (Ecorregiões, Conectadas, Conservadas, Sustentáveis), realizado em conjunto a organizações da Bolívia e apoio da União Europeia, são trabalhadas as ações de fortalecimento dos grupos associativos – chave para o desenvolvimento das cadeias produtivas sustentáveis, conservação ambiental e das populações – com aporte na tecnologia social e certificada da Ecoa: Desenvolvimento Integral de Comunidades – DICOM.