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Pantanal. Fogo sem fronteiras – Bolívia Brasil Bolívia

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Imagem: Álvaro Rezende/Governo do Estado de MS

Uma parte da fronteira oeste do Brasil é com a Bolívia, como sabem, tendo como linha divisória geral as proximidades do rio Paraguai, sendo que em um trecho o rio é o marco de separação entre os dois países. O Pantanal é território comum.

O fogo tem transitado nas diferentes regiões pantaneiras compartidas. Durante o mês de junho incêndio iniciado nas proximidades da cidade brasileira de Corumbá (MS), ultrapassou a fronteira para o município de Puerto Quijaro, demandando a atuação de dezenas de “Bomberos Forestales” do departamento de Santa Cruz, na Bolívia.

Na sequência, ainda em junho, incêndio surgido em Forte Coimbra, a jusante de Corumbá, território brasileiro, ultrapassou a fronteira e queimou parte do Pantanal boliviano, um dos mais conservados.

Em junho, a partir do dia 20, um foco de fogo produziu um incêndio no Pantanal norte, no município de Cáceres, no Mato Grosso, ultrapassou a fronteira, avançando em território boliviano. Nos dois países foram queimados cerca de 62 mil hectares.

O caso mais recente foi o de um foco surgido no lado boliviano, nas proximidades da Serra do Amolar, localizada na fronteira do Brasil com a Bolívia, a montante de Corumbá (MS). Brigadistas do Prevfogo e da brigada local estão em ação para impedir que alcance a Serra. A base da Ecoa no Porto Amolar hospeda e dá suporte para o trabalho preventivo.

Esse incêndio ameaça tanto a comunidade do Porto Amolar quanto a São Francisco – comunidade ribeirinha localizada na margem esquerda do rio Paraguai, a 140 km da área urbana de Corumbá.

O fogo coloca em risco a produção de mel, que voltou a ser possível somente este ano, após a devastação provocada pelos incêndios e pela seca em 2020.

A Ecoa enviou uma carta para a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltando a necessidade de acordos e conversações entre os governos do Brasil, Bolívia e Paraguai para ações conjuntas na fronteira.

Região da Serra do Amolar volta a produzir mel após a devastação dos incêndios de 2020

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