Atualizações desta quinta-feira (1º) de sistemas de monitoramento por satélite revelam que as chamas na Serra do Amolar, região de fronteira com a Bolívia, seguem avançando por territórios muitos secos que podem intensificar as chamas.
Segundo a especialista da Ecoa Fernanda Cano, “a combinação dos fatores como seca, material combustível disponível e vento são favoráveis à propagação de incêndios florestais”. Ela analisou a situação por meio das plataformas Windy e FIRMS (Fire Information for Resource Management System) e constatou que boa parte do Pantanal de Corumbá (MS) encontra-se nos níveis “excecional” e “extremo” na questão de monitorização de secas (imagem à esquerda) e com alertas “muito alto” e “extremo” para perigo de incêndios (imagem à direita).
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As ações de combate têm se intensificado nos últimos dias depois que um incêndio iniciado na Bolívia no dia 23 de julho passou para o lado brasileiro e tomou grandes proporções. A situação vai ao encontro das sugestões da Ecoa para que haja uma atuação conjunta com as autoridades bolivianas para proteger o Pantanal e também para o que foi pedido na carta entregue ontem (31) à ministra Marina Silva e ao presidente Lula com relação à proteção das famílias ribeirinhas e indígenas.
Durante o evento, foi possível acompanhar helicópteros levantando voo em direção à linha de fogo diversas vezes.
A situação continua preocupante no local mesmo depois da atualização na madrugada de hoje das imagens do FIRMS, por conta da predominância de vento Norte e rajadas de vento de 34 km/h, que estão ajudando a carregar o fogo para regiões extremamente secas. Por conta disso, o Prevfogo anunciou que enviará 10 brigadistas para a base da Ecoa no Porto Amolar, que está localizada a cerca de 14 km da área onde estão acontecendo os combates. O objetivo é agilizar as ações de enfrentamento ao fogo.