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Pelas mãos da grande Catarina Guató, Lula recebe carta que pede proteção às populações pantaneiras

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Pelas mãos de Catarina Guató, o presidente Lula recebeu a carta da Rede de Mulheres Produtoras do Cerrado e Pantanal (Cerrapan), APA (Área de Proteção Ambiental) Baía Negra e Ecoa apresentando a necessidade de um Plano Especial de Proteção para as populações pantaneiras diante do cenário de seca extrema.

A Ecoa tem destacado que os grandes incêndios ocorridos no Pantanal em 2020 mostraram que quando o fogo destrói os ecossistemas dos quais as comunidades dependem, a recuperação é lenta e às vezes nem ocorre. Então, a ação protetiva é urgente.

Catarina Ramos da Silva, popularmente conhecida como Catarina Guató, é a representação da resistência das mulheres do Pantanal. Ela é uma das moradoras mais antigas da comunidade Barra do São Lourenço, que está localizada na margem esquerda do rio Paraguai, na região da Serra do Amolar, considerada uma das áreas mais isolada e de difícil acesso do Brasil. 

Ela é a responsável por transmitir o conhecimento das técnicas para elaboração de artesanatos feito com a fibra de aguapé (Eichornia crassipes), também conhecido por camalote. 

No ano passado, Catarina recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Fundadora da Associação Renascer das Mulheres da Barra do São Lourenço, seu trabalho teve o reconhecimento acadêmico atribuído a personalidades que serviram de exemplo para a comunidade universitária e para a sociedade.

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