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Pesquisadores capturam onças-pintadas no Pantanal

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oncapintada-pantanal-semenServidores do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap) e integrantes do Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, da Universidade Federal de Viçosa (MG), acabam de realizar expedição de captura para fins científicos de onças-pintadas na Estação Ecológica (Esec) de Taiamã, no Mato Grosso. O local escolhido foi uma região alagada do norte do Pantanal, em que o acesso é somente feito por via fluvial.

A observação de onças na região da unidade de conservação gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) é constante. Turistas brasileiros e estrangeiros visitam frequentemente o local, ansiosos por observar e fotografar os animais na natureza. A captura é feita por meio de laços, um método seguro e eficaz, usado em diferentes regiões do Brasil.

A expedição, que teve início no dia 5 e terminou na semana passada, faz parte do projeto “Monitoramento da população de onças-pintadas da região da Estação Ecológica de Taiamã e avaliação do seu perfil sanitário”, que tem como objetivos caracterizar o uso e ocupação do espaço por onças-pintadas na região, verificar os padrões de movimentação da espécie e identificar áreas com alta adequabilidade ambiental, estabelecendo prioridades para a conservação e corredores de conectividade.

Coleta de dados

Ao todo, foram capturadas três onças-pintadas. Os pesquisadores fizeram coleta de dados biométricos e materiais biológicos, que estão sendo utilizados em estudos genéticos, sanitários e comportamentais. Durante todo o procedimento, os sinais vitais dos animais foram monitorados.

Esses estudos são importantes para fornecer dados para a elaboração de protocolos de manejo da espécie na região. Os rádios-colares instalados nos animais enviam informações (coordenadas geográficas, temperatura, dentre outros) via satélite, sendo que os pesquisadores recebem as informações pela internet.

Este ano, pela primeira vez, foram realizadas análises de sêmen para avaliação do potencial reprodutivo dos indivíduos, além do melhoramento da eficiência da técnica de coleta deste tipo de material biológico em felinos de grande porte e de vida livre.

Os pesquisadores esperam que, num futuro próximo, seja possível coletar e congelar o sêmen dos animais, o que será útil, principalmente, para o desenvolvimento de pesquisas com populações de onças-pintadas muito ameaçadas como as da Caatinga e da Mata Atlântica.

“Até o momento, considerando os mais de dez animais monitorados pelo projeto, não foi observada nenhuma movimentação no sentido de utilizar áreas próximas da Estação Ecológica de Taimã onde há criação de gado, indicando que a Esec e entorno próximo possuem os recursos necessários para a sobrevivência dos felinos”, afirmou Daniel Kantek, chefe da unidade de conservação.

Fonte: ICMBio

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