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PL que impede pesca tem oposição de centenas de pescadores, de prefeito, vereadores e deputados

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Edilson Magro, prefeito de Coxim (MS) - município localizado às margens do rio Taquari, um dos principais riso que drenam para o Pantanal. Foto: Wagner Guimarães/ALEMS.
  • Prefeito Edilson Magro: “Os culpados da falta de peixe no rio não são os trabalhadores e sim, o desmatamento, o assoreamento dos rios ou até mesmo a pesca predatória, mas nunca, jamais, o pescador que pesca pela sua sobrevivência”.

 

A audiência pública para debater a proposta de “Lei da Pesca” em Mato Grosso do Sul reuniu cerca de 700 participantes, sendo a maioria esmagadora de pescadores.

Audiência Pública realizada em Mato Grosso do Sul. Foto: Wagner Guimarães/ALEMS.

Arthur Falcette, secretário-executivo da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul) enfatizou a complexidade do tema. “Não é só uma questão de meio ambiente, é uma questão social, uma questão cultural. A gente está tratando de um tema extremamente complexo. Toda a equipe técnica do governo do estado está à disposição e o Conpesca (Conselho estadual de pesca) está à disposição.”

Edilson Magro (PP), prefeito de Coxim – município localizado às margens do rio Taquari, um dos principais rios que drenam para o Pantanal – defendeu os pescadores e enfatizou os fatores que prejudicam a saúde dos rios. “Os pescadores trabalham para a sobrevivência, nós temos que fazer um laudo técnico que comprove isso. Eu tenho certeza que se mandar uma equipe técnica para fazer o trabalho vai ver que o culpado da falta de peixe no rio não são os trabalhadores e sim, a questão do desmatamento, do assoreamento dos rios ou até mesmo a pesca predatória, mas nunca, jamais, o pescador que pesca pela sua sobrevivência”.

O vereador de Coxim, Batista Pescador (PT), também esteve presente na audiência. “Esse projeto de pesca miserabiliza as pessoas. Falta de respeito com a profissão de cada um. Se for para acabar com uma categoria, que acabe para todos. Vamos discutir até chegar num acordo.”

Os deputados estaduais Zeca do PT, Gleice Jane (PT) e Junior Mochi (MDB) também manifestaram apoio aos pescadores durante a audiência.

O debate deve avançar e ser feito em primeiro lugar no Conselho Estadual de Pesca, organismo do qual a Ecoa faz parte.

O que realmente faz estrago na população de peixes são as represas, o desmatamento, os agrotóxicos e indiretamente os incêndios, pois os ecossistemas de suporte às diferentes espécies são devastados.

A Ecoa apoia todas as modalidades de pesca por ser a atividade que mais gera trabalho e renda no Pantanal e historicamente sustentável.

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