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Por que restaurar pastagens degradadas? Dos benefícios ambientais à redução de risco de incêndios florestais

3 minutos de leitura
Curso de manejo de pastagens no Assentamento Rural 72, em parceria com a Agraer.

A restauração de pastagens é o processo de recuperação de áreas degradadas, que melhora a qualidade do solo e da vegetação por meio de técnicas como manejo adequado, rotação de pastejo e replantio de espécies forrageiras. Esse processo visa aumentar a produtividade da terra, beneficiando tanto a pecuária quanto o meio ambiente.

Por que restaurar pastagens?

Pastagens degradadas perdem capacidade de sustentar a vida vegetal e animal, levando à erosão do solo, menor infiltração de água e aumento do material seco inflamável. A restauração traz benefícios ecológicos e econômicos, como maior retenção de umidade, bem-estar animal, manutenção da biodiversidade e redução do risco de incêndios florestais.

Redução dos riscos de incêndios

  • Maior umidade e cobertura do solo – Pastagens bem manejadas protegem o solo, mantendo-o úmido e reduzindo o acúmulo de material seco (folhas, gravetos, capins ressecados), diminuindo a suscetibilidade a risco de incêndios florestais;
  • Melhoria da qualidade da forragem – Plantas mais saudáveis aumentam a biomassa verde, reduzindo a quantidade de material seco que alimenta o fogo;
  • Quebra da continuidade do combustível – Pastagens restauradas criam uma paisagem heterogênea, dificultando a propagação de incêndios. É como se blocos de terra úmida ou áreas verdes impedissem uma trilha de pólvora, assim o fogo encontra dificuldades para continuar.

Restauração e sequestro de carbono

Pastagens recuperadas podem sequestrar entre 2 e 6 toneladas de CO₂ equivalente por hectare/ano. Por exemplo, a recuperação de 22 hectares pode representar uma captura de 44 a 132 toneladas de CO₂ por ano, dependendo das técnicas utilizadas.

Segundo a tese “Impactos socioeconômicos e ambientais da recuperação de pastagens degradadas no Brasil” do economista Giovani William Gianetti, publicada em 2023, investir na restauração de pastagens traz retorno econômico social positivo (R$8,31 de retorno por R$1 investido).

(Observação: Os valores de sequestro de carbono são estimativas e podem variar conforme condições locais, tipo de solo e manejo aplicado).

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