Porto da Manga

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Porto da Manga é um aglomerado urbano à beira do rio Paraguai, com cerca de 42 casas, e está localizado no município de Corumbá, a cerca de 60 Km da sede do Município. Apesar de possuir mais acesso aos serviços públicos básicos do que boa parte das comunidades ribeirinhas do Pantanal, Porto da Manga ainda é carente em alguns pontos. Em pesquisa realizada pela Ecoa em 2005, 12% dos adultos da comunidade não foram alfabetizados. Crianças e jovens em idade escolar não possuem uma escola adequada, as aulas são realizadas em dois apartamentos de um hotel alugados pela prefeitura de Corumbá.

A assistência médica é insipiente. Constata-se entre as mulheres muitos casos de artrite, artrose, problemas de coluna e dores nas articulações e nos ossos, decorrentes da catação das iscas vivas, quando chegam a ficar até 12 horas com o corpo submerso na rio. Estas doenças específicas da profissão, não são tratadas convenientemente pela ausência de programas de saúde oferecidos pelo poder público, e são tratadas com remédios caseiros e da flora local. Além dessas, as doenças mais comuns são diarréia, febre e gripe.

As condições locais de moradia são insalubres. As casas são construídas de forma precária e os serviços públicos básicos não são oferecidos, como saneamento, água potável, transporte e coleta de lixo. Em 2007, com apoio da Ecoa, a Associação de Moradores de Porto da Manga conseguiu levar energia elétrica para a comunidade por meio do projeto do governo federal, Luz para todos.

Seguindo o histórico da comunidade, formada por descendentes de pescadores, ainda hoje a atividade é a que predomina no local, como variante a pesca de iscas, que dá suporte ao turismo de pesca, atividade que sustenta toda a economia local. A agricultura é rara na região, e quando feita é apenas para subsistência, com plantação de mandioca, pequenas hortas improvisadas de fundo de quintal e árvores frutíferas.

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Período de cheia no Pantanal. Casas na comunidade do Porto da Manga são de palafitas. Foto: arquivo/Ecoa

São 47 famílias, com cerca de 250 pessoas, que vivem na interseção entre o rio Paraguai e a Estrada Parque Pantanal, 60 km a jusante da cidade de Corumbá. O local tem significado histórico por ser onde um posto de telegrafia em estilo palafita foi construído pelo Marechal Cândido Rondon, cuja estrutura foi recentemente restaurada pelo governo do estado de Mato Grosso do Sul.

A comunidade tem uma associação representativa, fundada em 2005. Passou a ser atendida por rede de energia elétrica em 2007. A Prefeitura Municipal mantem uma escola que atende uma média anual de 33 alunos.

As casas são de madeira e cobertas com “eternit”, sendo que a maior parte foi construída em sistema de palafitas e 100% possui sistema de fossa fechada. A água utilizada para consumo é retirada do rio Paraguai com moto-bombas à gasolina. O “tratamento” é realizado com pastilhas de cloro e de sulfato de alumínio pelos próprios moradores.

O local é conhecido como um dos polos de turismo ambiental do município de Corumbá. Possui um hotel que recebe principalmente turistas de pesca e um “hostel” voltado para turistas estrangeiros em busca do ecoturismo. As principais atividades econômicas são a coleta de iscas-vivas para a pesca turística. Também realizam a pesca artesanal e os serviços de suporte aos diferentes tipos de turismo que ocorre na região.

A coleta de iscas-vivas é a atividade que mais gera trabalho e renda, sendo exercida por 80% da população e na sua maioria pelas mulheres. É realizada nas lagoas marginais ao rio, em jornadas de mais de 10 horas de duração. Na pesca buscam espécies nobres, com maior valor de mercado. Alguns moradores trabalham como piloteiros para turistas em passeios pelos rios da região ou como guia para a pesca.

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