Em Cáceres (MT), ao norte de Ladário (MS), o nível do rio Paraguai baixou 1,07 metro desde o dia 1º de julho, estando hoje, 24/7, com 1,23 metro. Já na régua de Bela Vista do Norte, no município de Corumbá (MS), nas proximidades da fronteira entre a Bolívia, MT e MS, o rio registra 4,64 metros, baixando entre 1 e 2 centímetros por dia. O mesmo ocorre mais abaixo, no Porto Amolar, onde está a base da Ecoa.
Em Ladário, o rio estabilizou em 3,3 metros desde o dia 11/7, como mostra a imagem a seguir, produzida pela Dirección de Meteorología e Hidrología do Paraguai.
As medições a jusante de Ladário (Forte Coimbra e Fuerte Olimpo) mostram o rio também reduzindo o nível lentamente.
Nos próximos dias, não há previsão de chuvas na bacia do rio, o que implicará na continuidade da diminuição dos níveis. Esse processo afeta diretamente partes da planície pantaneira ligadas ao rio Paraguai, com redução das áreas inundadas e acúmulo de matéria orgânica – material combustível.
O rio Paraguai atravessa a planície pantaneira na borda mais oeste, drenando lentamente as águas que chegam de suas várias sub-bacias. O quadro atual é muito melhor que o de 2024, ano da maior seca já registrada na região, mas isso não garante que não ocorra uma nova temporada de incêndios, visto que partes mais ao leste mostram um quadro de estresse hídrico na vegetação, segundo imagens do satélite Copernicus – o que é um fator favorável à propagação do fogo.