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Estudos feitos pelos MP de MS e MT e pelo Ministério Público Federal contrariam conceito de “boi bombeiro”

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Reunião virtual ocorrida ontem, 5 de abril, promovida pelos Ministérios Públicos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, reuniu magistrados e pesquisadores para tratar dos incêndios ocorridos no Pantanal, em 2020.

Os estudos apresentados apontaram 286 pontos de ignição dos incêndios ocorridos no Pantanal, no ano passado. A maior parte deles, 69,75%, ocorreu em áreas de vegetação rasteira e pastagens, comuns a propriedades rurais, e os outros 30,25% ocorreram em áreas de vegetação nativa.

Isso contradiz o conceito de “boi bombeiro”, desenvolvido pelo pesquisador aposentado da Embrapa Gado de Corte e professor aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Arnildo Pott, e defendido pela ministra da agricultura Tereza Cristina, de que o gado reduz o alastramento de queimadas porque se alimenta de capim seco e inflamável. Na verdade, a maioria dos focos de incêndio foi detectada, pelos estudos, em grandes propriedades rurais.

30% do Pantanal brasileiro foi consumido pelo fogo que foi provocado por ação antrópica, é o que os estudos revelam.

A reunião virtual foi uma ação integrada entre Ministérios Públicos e Promotorias do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, algo inovador e importante a ser destacado.

Leia aqui matéria do Campo Grande News, escrita por Tainá Jara, com mais informações a respeito da reunião.

Assista aqui a reunião virtual na íntegra.

A foto de capa, intitulada “Pantanal Ablaze”, é de Lalo de Almeida, da Folha de São Paulo, que participa da premiação global World Press Photo.

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