Desde o fim de setembro, as equipes de combate ao incêndio na Serra do Amolar têm enfrentado um cenário desafiador. A topografia acidentada, o difícil acesso e a longa distância entre os pontos de combate tornam o trabalho diário exaustivo. São caminhadas de até 14 quilômetros carregando equipamentos pesados, em um terreno pedregoso e inclinado.
Neste cenário, a parceria entre brigadistas comunitários e brigadas oficiais tem sido essencial. A atuação conjunta com as equipes do Prevfogo/Ibama e o apoio da base da Ecoa têm garantido duas semanas de avanços importantes no enfrentamento ao fogo. Juntos, eles abriram aceiros, protegeram casas e áreas sensíveis e impediram que as chamas avançassem ainda mais.
Mas os desafios permanecem grandes. A Serra do Amolar impõe barreiras que exigem uma mobilização maior e fatores que aumentam o desgaste dos combatentes.
Os brigadistas também relatam cenas que mostram a gravidade do incêndio: animais buscando refúgio nos aceiros e áreas mais seguras, tentando escapar do fogo que avança sobre a vegetação.
Essa realidade reforça a necessidade de ampliar o apoio logístico, garantindo mais veículos e estrutura para que a operação seja mais produtiva e segura.
Como alertado em análise recente de Alcides Faria, as condições climáticas e hidrológicas indicam alto risco de repetição do cenário de incêndios de 2023 no Pantanal (leia a análise completa aqui).
Confira os relatos no vídeo abaixo: