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Brigadas comunitárias são formadas para o combate aos incêndios no Pantanal

4 minutos de leitura
Curso para formação de brigadas comunitárias permanentes. Foto: Elias Campos

Em 2020, o Pantanal apresenta os piores dados de focos de incêndios das últimas 2 décadas, segundo o monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que já resultaram em mais de 1 milhão de hectares de área queimada. Os incêndios têm impactos na biodiversidade e colocam em risco a saúde das famílias locais. Brigadas que possam atuar de forma permanente são uma das medidas urgentes para o enfrentamento deste cenário.

(Veja as 6 causas principais da tragédia dos incêndios no Pantanal e medidas necessárias para a sua proteção).

Os cursos para a formação de mais 28 brigadistas fazem parte de ação do Observatorio Pantanal (OP), formado por 33 organizações da sociedade civil, para o combate e a prevenção dos incêndios. Os cursos são promovidos através de convênio entre a Ecoa e o Prevfogo/Ibama e acontecem no Assentamento 72, em Ladário/MS, Aldeia Brejão, Nioaque/MS, APAIM (Associação de Pescadores Artesanais de Iscas de Miranda), Miranda/MS e na região da Serra do Amolar, na comunidade da Barra do São Lourenço. As formações ocorrem entre a última semana de agosto e a primeira semana de setembro.

Através do trabalho de educação e formação, o objetivo é que se tenha brigadas a todo o tempo nestas localidades afetadas pelos incêndios, que contribuam diretamente também para a conservação de seus territórios.

Os equipamentos das brigadas foram doados pelo Observatorio Pantanal e WWF-Brasil e o curso viabilizado pela Ecoa, através do Projeto transfronteiriço ECCOS, que tem apoio da União Europeia.

O curso foi promovido seguindo protocolos de segurança diante da pandemia da Covid-19. Todos os participantes fizeram uso de máscaras e mantiveram, durante as aulas teóricas, o distanciamento recomendado.

Ecoa

Trabalho de educação e formação de brigadas comunitárias. Foto: Elias Campos

A Ecoa atua com brigadas comunitárias desde 2006, quando formou seus primeiros 12 brigadistas na Serra do Amolar e Barra do São Lourenço para combate aos incêndios e apoio à proteção do Parque Nacional do Pantanal Matogrossense e regiões do entorno.

Neste ano, a Ecoa também deu todo o suporte à realização dos cursos através da articulação junto aos grupos que serão formados, dos quais atua diretamente em diversas ações para a proteção dos territórios e conservação da região.

A educação e a formação de brigadas permanentes e locais, além de fundamentais para a conservação, é uma maneira de as comunidades terem condições de proteção às suas casas e suas vidas. E esta é uma ação prioritária da Ecoa e integra a campanha permanente Queimada Mata.

Iasmim Amiden

Jornalista e Coordenadora do Programa Oásis da Ecoa.

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