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Taquari, um rio e suas complexidades

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Um braço abandonado do rio Taquari na Colônia São Domingos. Foto: Vanessa Spacki /Ecoa (2011)

Originalmente publicado em 24 de outubro de 2016

Por Alcides Faria

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Um braço abandonado do rio Taquari na Colônia São Domingos. Foto: Vanessa Spacki /Ecoa (2011)

I – Um resumo em 4 tempos.

– A alta bacia do Taquari é um anfiteatro erosivo, naturalmente grande fornecedora de sedimentos para a bacia sedimentar do Pantanal. Este processo geológico levou o rio, ao longo do tempo, a ocupar com estes sedimentos uma área de 50 mil km2, formando um grande leque aluvial.

– No território do Taquari no Pantanal acontecem terremotos a partir de movimentações de blocos tectônicos, o que muda níveis de base da região, promove acomodações de sedimentos e altera o curso do rio. As compressões e movimentos tectônicos levam a rebaixamentos (subsidência) e soerguimentos que, somados ao transporte de sedimentos, provocam mudanças hidrológicas evidentes na região do baixo Taquari. A calha principal do rio Taquari, em seu curso inferior, muitas vezes encontra-se mais elevada do que a planície, o que é um “chamado” para arrombamentos das margens, levando à ocupação de novas áreas.

– O território no Pantanal ocupado pelas águas é determinado pela quantidade de chuvas em toda Bacia do Alto Paraguai, macrorregião da qual a bacia sedimentar do Pantanal é parte. A partir da década de 70 do século passado as chuvas aumentaram na alta bacia do Paraguai, fazendo com as águas ampliassem seus domínios.

– O grande desenvolvimento da agricultura e da pecuária na alta bacia do rio Paraguai a partir da ocupação dos cerrados na década de 80, no entorno da bacia sedimentar do Pantanal, contribuiu para acelerar o transporte de sedimentos e alterar condições ambientais na região.

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