EUA criam regras para extração de óleo do xisto

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A administração Obama revelou nesta sexta-feira as primeiras grandes diretrizes para empresas que exploram petróleo não convencional em terras federais. A extração de óleo e gás de folhelho –rocha betuminosa conhecida no Brasil como xisto– revolucionou o cenário energético dos Estados Unidos. Em 2009 o país saiu da condição de importador para a de exportador de petróleo, graças à nova fonte. Há, no entanto, objeções ambientais e restrições econômicas.

Os combustíveis são extraídos do folhelho com a técnica de fratura hidráulica (“fracking”, em inglês). Perfurações horizontais permitem injetar fluidos sob pressão, que rompem as lâminas da rocha e liberam o óleo ou o gás. O processo consome muita água e energia, além de exigir a abertura de vários poços, o que o encarece. As diretrizes incluem medidas adicionais de segurança para proteger reservas subterrâneas de água, provocando protestos de companhias, que veem nisso uma barreira para seu crescimento.

Apesar do boom do petróleo e do gás de xisto dos últimos anos, a técnica perde competitividade com a queda do preço do petróleo. As novas regras exigem que companhias de energia reforcem os poços e previnam vazamentos, além de fornecerem dados sobre as misturas de produtos químicos usados para extrair petróleo e gás.

Embora apenas cerca de 10% do fraturamento hidráulico aconteça em áreas federais, o governo Obama espera que as novas regras sirvam de modelo para os padrões da indústria em outras regiões, especialmente nos Estados que não têm regras para esse tipo de perfuração.

BRASIL

O Brasil aparece no décimo lugar do ranking de gás, mas recentes licitações da Agência Nacional de Petróleo para explorar o recurso foram suspensas pela Justiça. O pedido partiu do Ministério Público Federal, que se preocupa com os danos ambientais do “fracking”.

 

Fonte: REUTERS

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