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André Siqueira, presidente da Ecoa, fala da atual cheia no Pantanal e Sistema de Monitoramento e Alerta da organização

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Nesta terça-feira, 10 de abril, o diretor presidente da Ecoa, André Luiz Siqueira, concedeu uma entrevista a Rádio Transamérica Hits, de Corumbá – uma das rádios mais ouvidas nas comunidades do Pantanal – e explicou sobre o Sistema de Monitoramento, Comunicação e Alerta e como sua utilização serve de ferramenta para auxiliar as famílias ribeirinhas durante situações de eventos climáticos extremos.

Desde 2011 a Ecoa desenvolve um sistema que seja capaz de fazer previsões sobre o comportamento das águas para os principais rios da Bacia do Alto rio Paraguai (BAP) que afetam diretamente a vida dessas comunidades pantaneiras. Foram visitadas pela equipe da organização mais de 50 comunidades/localidades de toda a Bacia, para o levantamento de dados. E, devido ao histórico de grandes cheias na última década, como as de 2011 e 2014, a atenção é máxima para comunidades como a da Barra do São Lourenço, São Francisco e Paraguai-Mirim, que estão em regiões de mais difícil acesso.

Este ano, algumas das famílias já deixaram suas casas e a escola localizada na Barra do S. Lourenço, que atende crianças de comunidades do Pantanal, é forçada a fechar devido aos riscos cada vez maiores de inundação. O nível do rio na estação de Bela Vista do Norte já ultrapassou 5,82 metros, sendo que a cota social de emergência estabelecida para a região é de 5,80. As águas já entraram nas casas e podem causar ainda mais danos.

O Sistema é uma ferramenta que auxilia, inclusive, na retirada dessas famílias antes da calamidade. Este emite boletins com dados oficiais dos níveis dos rios da BAP, que são monitorados pela equipe da Ecoa e são emitidas mensagens de alerta para as famílias, para que possam se abrigar em um local mais seguro.

Além disso, o Sistema chama atenção para os programas sociais da Prefeitura, para que prestem atendimento às comunidades, e órgãos governamentais, para que providenciem as cotas oficiais de emergência. Neste contexto, as rádios também são fundamentais, pois são os meios de comunicação mais utilizados pelas comunidades e, assim como essa entrevista, chegam os alertas do Sistema via rádio em suas casas.

Na entrevista, André também explica sobre fenômenos naturais que acontecem na região e que, somados, podem agravar os riscos de vida dos ribeirinhos.

Ouça a entrevista na íntegra:

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