Com o crescente turismo de pesca na região pantaneira, a demanda por iscas vivas fez com que algumas comunidades ribeirinhas se especializassem na coleta destas. Atualmente, as mulheres são maioria nessa profissão, assim a prática garante independência financeira para estas. As ‘isqueiras’, como são chamadas as coletoras de iscas, não possuem um ponto de coleta fixa, pois visitam diversas baías dependendo da oferta de iscas encontradas.
Conheça algumas das isqueiras de Porto da Manga, Corumbá-MS
As isqueiras
Em algumas comunidades do Pantanal, a coleta de iscas é a principal atividade econômica desenvolvida. Para exercer a atividade, é necessário permanecer submerso em água por longos períodos, em turnos que podem durar até 10 horas. Tal situação faz com que riscos e insalubridades surjam. Além da ameaça de ataques de animais como jacarés, cobras e arraias, também há perigos para a saúde desse grupo.
Para minimizar os riscos, a solução viabilizada foi a distribuição de macacões de PVC. O trabalho da Ecoa para auxiliar essas profissionais ocorre desde 2000 e, a partir de 2012, com o Ministério Público do Trabalho (MPT/MS) como parceiro, a distribuição dos equipamentos de proteção individual passou a ser realizada.
Antes do equipamento apropriado, as mulheres estavam expostas a doenças ginecológicas por falta de equipamento adequado, principalmente nos períodos de decoada.