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A seca histórica no rio Madeira, na bacia Amazônica

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Foto: Defesa Civil do Amazonas.

– Ribeirinhos não têm mais água em seus poços.
– Usina hidrelétrica suspende operação.
– O rio tem 80% de sua bacia fora do Brasil.

A Usina Hidrelétrica de Santo Antônio suspendeu as operações no domingo, dia 1/10/2023, por causa dos baixos níveis da vazão do rio Madeira, o qual é parte da bacia do rio Amazonas. A usina tem 3,5 mil MW de potência instalada.
O Madeira está com níveis muito baixos já há algum tempo. Matéria do G1 informa que ribeirinhos percorrem até 30km para comprar água na cidade de Porto Velho, pois poços estão secos. De acordo com a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd), pelo menos 15 mil pessoas são afetadas pela falta de água na região às margens do rio. Os moradores usam poços tubulares, mas com a baixa do lençol freáticos, não têm mais água.
Morados dizem que está tudo seco, como nunca visto antes.
80% da bacia do Madeira está na Bolívia.

Sobre a bacia do Madeira.
“Sua área de influência ocupa 1,3 milhão de km2 em três países e compreende um quinto da área da Bacia Hidrográfica Amazônica, a maior do planeta. Depois de nascer na Bolívia (onde é chamado de Beni), no sopé dos Andes, o Madeira passa por grandes variações de altitude ao longo de 3.315 km até desembocar no Amazonas. Nesse longo e heterogêneo percurso despontam variados ecossistemas nos quais prospera uma rara diversidade – já foram identificadas no Madeira quase 60% das espécies de peixes descritas na Bacia Amazônica.”
“O Madeira é um rio subestimado a nível global, mas é tão grande como o Yangtzé, na China, em vazão líquida. Os rios que vêm dos Andes se juntam perto da fronteira brasileira e terminam em um funil”, diz Edgardo Latrubesse, geólogo e professor afiliado de sistemas fluviais e ecossistemas sul-americanos na Universidade Federal de Goiás.

Via National Geographic

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