///

Abelhas – 6 maneiras de ajuda-las no seu fantástico trabalho em tempos de colapso.

4 minutos de leitura

Por Alcides Fariaalcides-ecoa

O mundo vive um colapso de polinizadores. As causas principais são o desmatamento e o uso de pesticidas.- Hélices de turbinas para energia eólica causam mortes de morcegos – algumas espécies são polinizadoras.- 75% das safras de alimento do mundo dependem de pelo menos 1 polinizador.

– Pesquisa recente da Universidade de Pardue (USA) encontrou no pólen trazidos pelas abelhas para suas colmeias pesticidas usados no meios urbano e rural no pólen. A mesma pesquisa mostrou que as abelhas preferem as plantas nativas.

 

As 5 maneiras:

1)  Não use pesticidas sintéticos.

Principalmente nas plantas de seu jardim, pois os polinizadores virão se alimentar nelas e transportarão o veneno para suas colmeias. Cuidado com sementes tratadas. Muitas delas são “protegidas” com nicotinoides, veneno mortal para abelhas.

Alguns ‘pesticidas’ naturais podem ajudar a resolver certas infestações indesejadas. Já utilizei uma calda feita com fumo de corda.

2)  Plantar espécies amigas.

Plante espécies que sejam “amigas” dos polinizadores, particularmente das abelhas. Nas minhas andanças noto que elas adoram a flor da pitanga. Esta planta se adapta bem no meio urbano e tem a vantagem de florir mais de uma vez no ano.

Se possível, dê preferencia para espécies nativas, pois muitos dos polinizadores evoluíram com essas plantas.
Flor do jambo. Foto: Alcides Faria
Flor do jambo. Foto: Alcides Faria

3) Veja como uma abelha.

O espectro de visão das abelhas é mais ou menos como o dos humanos. Elas têm excelente percepção de cores, com deslocamento para ultravioleta. Mas, a que leva esta característica? O vermelho é visto por elas como verde. Agora, imagine você a dificuldade para encontrar flores vermelhas em meio às folhagens! Segundo especialistas as melhores cores seriam o amarelo, o branco, o violeta, o roxo, e o azul. Mas as vermelhas não são descartadas, pois elas “amam” algumas delas.

4) Pense como uma abelha.

Diversifique e agrupe plantas para facilitar o trabalho delas.As abelhas vivem em colônias e colmeias, mas 70% de todas as espécies fazem ninhos subterrâneos, enquanto outras usam cavidades naturais. Então é importante deixar faixas com solos naturais, nus ou parcialmente cobertos. Para aquelas abelhas que procuram ocos na madeira ou frestas pode-se buscar soluções com  bambus e outras espécies. Em algumas regiões as pessoas chegam a construir verdadeiros hotéis, como na imagem abaixo.

5) Ofereça água.

Deixe água disponível para as abelhas – um prato com algumas pedras, por exemplo -, principalmente na seca – junho/agosto -, isso lhes economiza energia em tempos que são difíceis devido a menor disponibilidade de alimentos. Claro, cuidar de fazer troca diária para não se ter um criadouro de pernilongos e outras pragas.

6) Não faça queimadas.

Queimadas danificam as colmeias e matam muitas abelhas e outros polinizadores. Evite até mesmo queimar os restos de vegetação do quintal.

Apoie o programa oásis!

O Programa Oásis da Ecoa promove a proteção de espécies polinizadoras e a produção de mel associada a medidas de conservação, como o combate às queimadas, ao desmatamento e ao uso de agrotóxicos.

Compre uma caneca Oásis e contribua com a proteção dos polinizadores!

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.

Mais recente de Blog

Em novembro de 2023 a Ecoa participou de reunião com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, apresentando a necessidade de o Banco tivesse especial atenção para a América do Sul quanto à questão climática. A região precisaria do BID para apoiar projetos voltados para a mitigação de eventos climáticos extremos em diferentes territórios. As cidades “biomas” precisam de apoio especial para medidas básicas como a arborização adequada a esses novos tempos.

Hoje tivemos a alegria de receber na Ecoa, o produtor rural Nelson Mira Martins, criador da RPPN Água Branca – nova reserva reconhecida oficialmente pelo ICMBio, que garante a proteção definitiva da segunda maior cachoeira de Mato Grosso do Sul, no município de Pedro Gomes.Seu Nelson foi recebido pela pesquisadora Fernanda Cano, e Alcides Faria, diretor institucional e um dos fundadores da Ecoa, e conversaram sobre as possibilidades que se abrem com a preservação da cachoeira e a criação da RPPN.

Hoje tivemos a alegria de receber na Ecoa, o produtor rural Nelson Mira Martins, proprietário da