Texto originalmente publicado em: 01/11/06
O governo britânico nomeou o ex-vice-presidente americano Al Gore como assessor para a luta contra a mudança climática, na qual Londres pretende ter uma liderança mundial.
A notícia da nomeação de Gore –transformado em paladino do combate contra o aquecimento do planeta– coincide com a difusão de um relatório do governo de Tony Blair sobre as desastrosas conseqüências econômicas deste fenômeno.
Com a contratação do político democrata americano –que lançou recentemente seu filme sobre mudança climática–, Londres pretende “vender” melhor o problema aos Estados Unidos, onde apenas alguns estados, como o da Califórnia, decidiram tomar medidas contra o problema.
O chamado relatório “Stern” propõe uma reforma profunda do incipiente mecanismo europeu de troca de emissões de CO2.
O ministro do Tesouro britânico, Gordon Brown, proporá aos líderes dos países da UE (União Européia) a redução em 30% das emissões de dióxido de carbono até o ano 2020 e em 60% para o ano 2050.
Brown quer também envolver o mecanismo de troca de emissões a outros países ou a outros estados, como o da Califórnia.
Em seu relatório, Stern assinala que o mundo ainda pode inverter os piores efeitos do aquecimento do planeta, embora advirta que, a menos que se adotem ações urgentes em nível internacional, as conseqüências serão irreversíveis.
De acordo com Nicholas Stern, a falta de ação custará à economia mundial entre 5% e 20% do PIB (Produto Interno Bruto), enquanto que a redução das emissões de CO2 -representaria um custo de somente 1% do PIB.