Por Campo Grande News
Os ventos de até 67 km/h que atingiram Corumbá, distante 419 km de Campo Grande, na manhã de ontem (15), fizeram com que barcaças vazias, que estavam amarradas nas árvores se soltassem e batessem em um pilar próximo à ponte do rio Paraguai.
O engenheiro coordenador da concessionária Porto Morrinho, André Garcia, explica que, como essas barcaças são grandes, elas precisam ser desmembradas para passar por baixo da ponte. “Ontem, eram 12 barcaças e o empurrador na hora do temporal, estava passando embaixo da ponte com quatro, ou seja, duas de cada lado, enquanto amarrou as outras nas árvores, para pegar depois”.
Como os ventos foram muito fortes, fez com que as barcaças subissem o rio, ou seja, foram contra a correnteza. “Se estivessem carregadas, talvez isso não tivesse acontecido. Mas, apesar do susto, essas barcaças não chegaram a encostar na ponte”.
Casos como esse, são recorrentes no rio Paraguai. De acordo com o Almirante Petrônio Augusto Siqueira de Aguiar, Comandante do 6º Distrito Naval, acidentes com embarcações seriam evitados se existisse um dolfin, estrutura que protege a ponte.
“Essa ponte foi construída há 20 anos e não fizeram um dolfin, que serve justamente para proteger acidentes com embarcações. A Marinha é responsável pela segurança da navegação nos rios, mas uma lei foi criada para que evitasse esse tipo de acidente e agora, é necessário desmembrar as barcaças para que elas possam passar por baixo da ponte”, explica.
Como não há uma estrutura para amarrar as barbaças, os navegantes que realizam o trajeto do rio Paraguai, acabam amarrando em árvores. “Precisa de uma estrutura para isso, falta uma obra do governo federal, para solucionar esse problema antigo”.